Não existe caráter que possa ser forjado em nós sem resignação, renuncia e paciência!
9 de janeiro de 2012
Postado por Unknown
RESIGNAÇÃO,
RENÚNCIA E PACIÊNCIA: AS BASES DO CARATER DE JESUS EM NÓS!
Estas são as
três palavras mais alienígenas à consciência cristã atual. As novas gerações
nem sabem mais o que elas significam, de tão estranhas e distantes que se
tornaram do cotidiano existencial, psicológico e espiritual de quase todos nós.
Hoje o que se
tem é Frustração, no lugar de Resignação, Impotência, no lugar de
Renuncia, e Ansiedade no lugar de Paciência!
Renuncia, e Ansiedade no lugar de Paciência!
Ora, a morte
de tais palavras foi obviamente precedida pela morte dos seus valores e
significados nas praticas e nas consciências dos cristãos.
Entretanto,
até a uns quarenta anos antes de hoje [...], ainda era comum ouvir-se
discípulos de Jesus dizendo que se haviam resignado ante uma impotência; ou que
haviam renunciado a algo que poderiam fazer, mas que julgavam não deveriam realizar; ou mesmo que haviam decido esperar com paciência no Senhor alguma coisa, ao invés de morrerem de ansiedade, ou mesmo de buscarem aquilo com obstinação imorredoura.
haviam renunciado a algo que poderiam fazer, mas que julgavam não deveriam realizar; ou mesmo que haviam decido esperar com paciência no Senhor alguma coisa, ao invés de morrerem de ansiedade, ou mesmo de buscarem aquilo com obstinação imorredoura.
Certamente as
três palavras não significam a mesma coisa, mas mantêm conectividade intrínseca
entre elas próprias!
Resignação é o que se
assume ante perdas ou impossibilidades, não necessariamente ruins em si mesmas.
Assim, resignar-se é assumir que algo não foi possível, mas isto sem as dores
da impotência magoada. Ou seja: a resignação é uma atitude positiva ante
a negatividade da existência, sem que seja conformismo.
a negatividade da existência, sem que seja conformismo.
Renuncia, por seu
turno, é uma atitude positivamente arbitraria da consciência ante algo que se
pode fazer, mas que se julgue não seja conveniente ou edificante realizar
apenas por que se possa [...]; embora o coração o deseje e possua a potência para tal. Desse modo é que se renuncia a se dar respostas que suscitem a ira, ou abre-se mão de direitos certos, ou abdica-se de poderes que estejam em nossas mãos; e isto em nome de algum valor superior da fé e da consciência. Desse modo, na renuncia, pode-se, mas não se deve fazer ou acolher aquela coisa ou situação como exercício de poder, de potencia.
apenas por que se possa [...]; embora o coração o deseje e possua a potência para tal. Desse modo é que se renuncia a se dar respostas que suscitem a ira, ou abre-se mão de direitos certos, ou abdica-se de poderes que estejam em nossas mãos; e isto em nome de algum valor superior da fé e da consciência. Desse modo, na renuncia, pode-se, mas não se deve fazer ou acolher aquela coisa ou situação como exercício de poder, de potencia.
Já a Paciência é,
muitas vezes, tanto uma resignação temporária quanto também uma renuncia em compasso
de espera —; posto que se resigne o não realizar ou ter aquilo ou alguma coisa
por uma impotência total, ou também por dever de consciência, ou mesmo por uma
impossibilidade temporária; e decida-se renunciar aquilo ou algo por amor a pessoas ou à
sabedoria imposta pelos tempos e circunstâncias; e isto tudo implica em exercer
paciência. Ora, a
Paciência é a ciência da Paz na Espera. De fato trata-se de uma paz-ciência.
E mais: a
paciência se conforta na esperança e na certeza das promessas de Deus mediante
a fé; e, por isto, alegra-se enquanto aguarda.
Ora, esta
três palavras/virtudes são membros ativos do espirito de todo sacrifício de
fé.
E mais:
Pelo
exercício de tais virtudes o coração cresce em esperança e alegrias não
aduladas; portanto, amadurece, se faz forte, enrijece-se, ganha integridade e
adquire caráter e amor!
Não existe caráter
que possa ser forjado em nós sem resignação, renuncia e paciência!
Sim, isto é
fato; e é Lei Psicológica e Espiritual da Vida segundo Deus!
Hoje,
entretanto, com a Teologia da Adulação, que é essa Demonologia da
Prosperidade a qualquer preço, tudo isto morreu entre os cristãos.
Sim, pois resignar-se é coisa de quem não tem fé; renunciar é um sentimento de covardes;
e paciência é coisa de quem não conhece a “confissão positiva” ou os poderes
mágicos para “fé rehma”, da fé que determina por seus próprios poderes de
fé/onipotente.
O resultado
disso tudo é mais do que visível entre nós; ou seja: dando certo [...]
surge a geração esnobe, presunçosa, caprichosa, onipotente, arrogante,
perversa, altiva, orgulhosa, mecânica, obstinada, adulada e desobediente; e, dando
errado, quando as coisas não acontecem conforme a crença mágica, surge o
outro lado dessa mesma geração, que é ansiosa, inquieta, carente, fraca,
frustrada, amargurada, queixosa, rixosa, insatisfeita, descontente, cínica,
egoísta, desalmada, e, sobretudo, sem esperança, amor e fé.
Assim, você
que me lê hoje, saiba:
Não existe a
menor chance de que se desenvolva o caráter de Jesus em nós, ou seja: o caráter
do Evangelho — sem que se volte a praticar, como ato de fé consciente, a
resignação ante aquilo que nos seja uma impossibilidade, ainda que temporária;
a renuncia como expressão da supremacia da consciência sobre o poder e a
potencia; e a paciência como a ciência da paz na espera grata e confiante no
melhor de Deus para nós.
No fim tudo
isto tem a ver com amor; pois o amor faz resignações quando
tudo sofre e não se ressente do mal; faz renuncias quando não age inconvenientemente e não se
alegra com a injustiça; e exerce paciência quando tudo espera, tudo crê e tudo suporta.
Quem souber
outro modo de ser de Jesus e de desenvolver o caráter do Evangelho,
amadurecendo segundo Cristo, e que não seja este aqui clara e simplesmente
exposto, então me ensine; posto que eu não conheça outra forma de crescer em
Deus, de adquirir amor, de desenvolver integridade e consistência interior, a
não ser mediante as praticas dessas virtudes do amor, as quais, entre nós, se tornaram
bobagens e tolices a serem evitadas pelos poderes de He-Man.
Recordo-me
como se fosse hoje o dia [março/abril de 1991] quando o Edir Macedo me disse
que ele iria acabar com essa igreja de fracos e tristes, e que só viviam de
resignações, de renuncias e de paciência.
“Que coisa nenhuma!...
O meu evangelho não conhece essas coisas! Vou acabar com essa igreja de fracos!
A fé não vai pra frente e não conquista nada porque o povo foi ensinado
assim... Estou aqui pra acabar com isso!” — foi o que ele me disse,
no seu gabinete na TV Record, com os olhos ardendo com certa raiva do passado.
O problema é
que ele de fato conseguiu o que pretendia!
Com temor e
tremor, Nele,
que venceu fazendo resignações, pois, sendo rico se fez pobre por amor de
nós; que venceu pela via de muitas renuncias, posto que tudo podendo decidiu apenas poder
segundo a vontade revelada do Pai; e que carregando a autoridade para mudar
montanhas de lugares, decidiu subir com paciência o monte da Caveira para nos salvar,
Caio
9 de janeiro
de 2012
Copacabana
RJ
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 9 de janeiro de 2012 às 12:33 e está arquivado em caio fábio,devocional,mensagem. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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