Faz milênios que o mundo não assiste ao que possa ser a verdadeira revolução da Igreja
20 de janeiro de 2012
Postado por Unknown
ESTA
É A MINHA IGREJA. VOCÊ QUER SER PARTE DELA?
Quando Jesus disse que o “reino de Deus” ou o
“reino dos céus” seria semelhante a [...] uma semente pequena que cresceria; ou
como um fermento imperceptivelmente penetrante; ou como um tesouro escondido no
campo; ou como uma pérola de grande valor, porém não disponível aos sentidos de
todos; ou como uma candeia que iluminaria a todos os que estivessem na casa; ou
ainda como o sal da terra — Ele apresentava, também, ao assim dizer, o
paradigma do que a Igreja [a Dele]
deveria ser como expressão visível do reino de Deus na comunidade humana.
Desse modo, as ênfases de Jesus são aquelas
ligadas ao pequeno que cresce naturalmente a fim de acolher...
[semente/árvore]; ao que tem como poder a pervasividade discreta [fermento]; a um
valor indizível e que é conhecido apenas por quem o venha a conhecer em seu
real significado [a pérola]; a uma riqueza escondida dos olhos de todos, e que
não é objeto de propaganda [o tesouro oculto]; a uma luz para os da casa [a
candeia; que ilumina a muitos se aumentarem as casas com sua luz no interior]; e
à qualidade de gosto da presença dos discípulos, com poder de dar gosto divino
onde estejam [o sal da terra].
Ora, em
nenhuma dessas coisas a ênfase está na grandeza, na publicidade, na promoção ou
na propaganda!
Ao contrário, a ênfase está na naturalidade do crescer, na pervasividade e na penetração decorrente
de ser, no significado intrínseco da
coisa em si, na sobriedade oculta de tal poder, que fascina por não ser
massificado; na iluminação de grupos
pequenos, como numa casa, e que altera primeiro os de dentro, e, aumentando o número de casas/povo iluminados, se
faz visível ao mundo; e, sobretudo, a ênfase recai na qualidade essencial da natureza existencial dos discípulos, os
quais, à semelhança do sal, podem dar sabor à vida dos que os cerquem, pelo
fato de que eles têm tal gosto/sabor/qualidade em si mesmos.
Agora, compare isto com os modelos de
“igreja”. Sim; com a ênfase na propaganda, no mercado, nos nichos, na promoção,
no show da fé, na massificação sem rosto, no crescimento quantitativo, na
artificialidade dos modelos de crescimento piramidal; ou ainda: compare com a
venda do “Evangelho” como produto de salvação; sempre para fora; sempre para o
mercado; sempre segundo a Coca-Cola,
ou a Pepsi, e nunca segundo Jesus; o Qual, entre nós, fazia tudo com
discrição, sem o afã das promoções; e que mais que frequentemente, pedia que
Dele não se fizesse propaganda, ou que se O expusesse à publicidade; posto que
Seu modus operandi cumprisse a profecia que dizia: “Nas praças [Ele] não fará ouvir a Sua voz!”
O que isto
significa? Que não se pode fazer propaganda de Jesus?
Sim;
significa isto mesmo!
O Jesus
propaganda é o Jesus do Mercado; é o Jesus do Bazar; é o Jesus da Venda; é o
Jesus do Mundo!
Na realidade se diz que “a fama de Jesus corria por toda parte” e que “as multidões vinham ouvi-Lo de todos os lugares”.
Todavia, isso acontecia porque acontecia;
porque era verdade; porque não se consegue esconder a luz; porque se o sal for
jogado na terra nota-se a diferença pelo sabor; porque se a semente virar
árvore as aves dos céus a encontram com naturalidade; porque o achar da “pérola
de grande valor” faz aquele que a acha sair alegre com tal descoberta; porque o
“tesouro escondido no campo”, uma vez que nele se tropece, faz o achador vender
tudo e comprar o campo, a qualquer custo ou preço, tornando qualquer esforço
apenas um ganho, uma alegria!...
Assim deveria crescer o “reino de Deus” entre
os homens; e assim deveria ser com a Igreja
dos discípulos de Jesus como expressão do “reino de Deus” na História.
Ora, isto
faz sentido com a lógica de Jesus em tudo; embora difira radicalmente das
lógicas humanas!
Sim; pois
foi Jesus Quem disse que o grão de trigo tem que morrer a fim de dar muito
fruto; que aquele que busca se salvar, perde-se; que aquele que morre, vive;
que aquele que se humilha, será exaltado; e que é o pequeno que se faz grande!
O problema é que desde os apóstolos [...]
pensar diferente sempre foi uma tentação. Tiago mesmo se vangloriava de ter
“milhares e milhares com ele em Jerusalém”, e também que um grande número de
sacerdotes do judaísmo [...] eram cristãos “zelosos da Lei de Moisés”.
Paulo parece ser o exemplo a ser seguido entre
os apóstolos como aquele que não desistiu jamais do paradigma de Jesus; sem
surtos de tomadas de cidades; sem querer erguer nada no Areópago; sem pretender
nada além de ir plantado sementes de igreja nas casas; sem buscar conluio com
autoridades das sinagogas; sem falsas expectativas —; enquanto, assim
procedendo, em nenhum outro tempo apostólico [...] as coisas geravam mais
bulício, produziam mais impacto nas cidades, alvoroçavam mais o mundo!
A Igreja que
revolucionou o 1º e o 2º Séculos foi a de Paulo, não a de Tiago, a qual tinha Jerusalém
como modelo!
Do 4º Século em diante, todavia, houve uma
fusão do modelo de Jerusalém [o de Tiago] com o paganismo cristianizado,
miscigenado, sincretizado, politizado e cooptado pelo Imperador Constantino.
Sim; esse é o modelo que vige até aos nossos
dias!
Até mesmo o Protestantismo das raízes mais bem
intencionadas se serviu dos aparatos que o Catolicismo havia produzido; como,
por exemplo, os grandes prédios de culto ao estilo romano; os modelos oficiais
de sacerdócio; as hierarquias de autoridade; a oficialidade dos sacramentos; a
liturgia do culto; o oráculo procedente de oficiais; os vínculos com as
realezas; o conluio com os principados políticos; e, consequentemente, com a
propaganda e o mercado.
Assim, a Igreja
casa [grão de mostarda] deu lugar à “igreja” Catedral; a Igreja fermento deu lugar à “igreja” da influencia; a Igreja do valor intrínseco deu lugar à
“igreja” do intrínseco valor da propaganda; a Igreja do tesouro oculto deu lugar à “igreja” das promoções de
poder.
Ora, é por isto que nos últimos 1700 anos a
“igreja” teve todos os poderes do mundo na mão, mas o mundo apenas piorou! —
sem falar que a Igreja de Deus teve
que se ocultar ainda mais nas sombras da “Igreja dos Homens” ou até fora dela!
Desse modo, afirmo que faz milênios que o
mundo não assiste ao que possa ser a verdadeira revolução da Igreja; sim, desde os dias em que gente
como Paulo praticava a grandeza do pequeno; seguia a fermentalidade subversiva
do oculto; celebrava com bravura feliz o achado de grande valor para o coração;
e a criação de uma rede de amantes de Deus guiados pela leveza da Palavra
apenas — em casas, em bosques, em pequenos grupos, em porões, em jardins
particulares, em lugares públicos abandonados, etc... — sim; desde aquele tempo
o mundo não viu mais o poder subversivo e sem dono humano da Igreja de Deus!
A revolução da Igreja no mundo decorre de sua disposição de ser não-proprietária;
de ser hebreia na leveza peregrinante dos seus movimentos; de ser discreta e
prática nas suas obras de amor; de ser o mais livre possível dos poderes
constituídos deste mundo; de ser uma comunidade de amor, que se reúne para
compartilhar a Palavra, orar, adorar e ajudar-se mutuamente; enquanto vive o
testemunho do Evangelho em serviço de amor no mundo.
Se um dia essa Igreja reaparecer em grande escala
de multiplicidade não adensada; se ela ressurgir na subversão de ser sem a
propaganda de aparecer em outdoors; se ela ressurgir como agente ocultamente
visível apenas por suas obras de generosidade e graça; se ela emergir como
sombra simples que decorre da sua própria natureza; e se seu gosto for renovado
pela qualidade existencial dos seus agentes — então, outra vez, sem que isto
decorra de um plano ou de uma estratégia, mas da mera expressão da própria
natureza de ser desse ente santo, o
mundo tremerá sem saber nem de onde vem o abalo.
Nós, todavia, fomos ensinados pelo diabo que
isto é morte, é fraqueza, é moleza, é perda de poder, é desistência de status,
é suicídio, é entrega do que se conquistou ao mundo; é coisa de maluco; sim; de
gente que perdeu a visão, perdeu a ambição, perdeu o espírito profético.
Sim; diante disso o diabo diz à “igreja”: “Jamais! Isto de modo nenhum te acontecerá,
Senhora!”
Ao que Jesus continua a responder: “Arreda de mim, Satanás; pois para mim tu és
pedra de tropeço!”
Eu, porém, sei que grito no deserto; sei que
sou lido como louco; sei que tais palavras são consideradas insanidades; sei
que não serei ouvido; embora, em meu coração, saiba também que aqui e ali uns
poucos me entendam; e, assim, eu julgue que pela conversão de alguns [...] o
que hoje seja horrível, possa ser de um modo ou de outro melhorado; ou, pelo
menos, possa, em acontecendo em que escala possa acontecer [...], suscitar,
emular ciúmes na “Israel/Igreja/Pedrada” — usando os pensamentos de Paulo em
Romanos 9,10 e 11.
Nele, em Quem tenho a consciência tranquila quanto
a nunca ter deixado de dizer o que Igreja
é para Jesus,
Caio
20 de janeiro de 2012
Lago Norte
Brasília
DF
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 20 de janeiro de 2012 às 18:24 e está arquivado em espiritualidade,fé,igreja,vida cristã. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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22 de janeiro de 2012 às 13:34
Jesus, apóstolos e discípulos pregavam O CAMINHO, cada um busca seu caminho, colimando com os própositos de Deus, ou o CAMINHO DE DEUS.Bem depois surgiu então um monte de desvios inclusive Cristãos. Os profetas jamais citaram cristãos ou mesmo Jesus. Isso foi modismo criado em Antioquia, depois vieram, pentecostais, crentes, protestantes, evangélicos..um monte de égos deformados como tropeços para o caminho. O CAMINHO é seguir é ação, não uma faixa que atravessa nossa alma. Titulos e mais títulos...cadê O CAMINHO ?