Sem fé no caminho, quem caminhará?
O fruto da Graça é felicidade, é bem-aventurança no ser. Felicidade espiritual é a promessa do Caminho ao caminhante. A verdade não tem uma cara, mas tem um modo de ser existencial. E o fruto que recebe a bem-aventurança, é esse modo de ser da verdade. [+]
leia mais

A fé tem que ser maior que a informação!
A verdadeira fé não tem perguntas a fazer... Isto certamente não torna a existência mais fácil, mas com certeza conduz ao lugar onde todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Afinal, eu não sei, mas Ele sabe por mim; eu não vejo, mas Ele vê por mim. [+]
leia mais

O caminho de todos os que andam no Caminho.
O amor que é fruto da gratidão pela Graça de Deus Hoje, e que suscita a força da indivorciabilidade do amor de Deus por nós, gera um constrangimento interior, e que é o motor da alma, na caminhada da fé no cotidiano, a qual é feita mediante a Graça do amor que cresce em "conhecimento e em percepção". [+]
leia mais


A maior maldição desta vida é viver a vida que não é nossa!
E por que é assim? E a resposta é simples. É só porque você não tem sido você; vivido você; com a paz de ser você; na presença de Deus sem precisar fazer nem compressão, nem repressão, nem supressão, nem coisa nenhuma; deixando que na graça de Deus, o bem que já é seu em Cristo, cresça edificando a sua vida, e a sua consciência, em saúde, em paz. [
leia +]

E agora que eu cri?
O que devo fazer agora que começo a saber, a conhecer e a crer no Evangelho? Leia este texto, tenho certeza que lhe fará um grande bem [
leia +]


Por que mantemos essa grande dádiva da atenção tão bem escondida em nós? Por que continuamos a dar moedas sem coragem de olhar para o rosto daquele que pede? Por que não nos juntamos àquele que come sozinho no refeitório, mas procuramos aqueles que conhecemos tão bem? Por que são tão raras as vezes em que batemos em uma porta ou pegamos o telefone só para dizer um alô?, ou só para mostrar que estávamos pensando nos outros? Por que é tão difícil receber um sorriso e tão difícil ouvir palavras de consolo? Por que é tão difícil expressar gratidão a um professor, admiração a um aluno e apreço aos homens e mulheres que cozinham, limpam ou cuidam de um jardim? Por que costumamos ignorar uns aos outros sempre que estamos nos dirigindo para algo ou alguém que julgamos ser mais importante?
Talvez, simplesmente, porque nós mesmos estejamos tão preocupados em ser singular e único que nem mesmo nos permitimos despir nossa pesada armadura e tornarmo-nos companheiros em mútua vulnerabilidade. Talvez estejamos tão cheios de nossas próprias opiniões, idéias e convicções que não nos resta espaço para ouvir o outro e aprender com ele. [Henri Nouwen]


*******************

Diz um ditado: "Com um amigo ao lado, nenhum caminho é longo demais".
O amigo ao lado nos dá forças para continuar, apesar de todas as adversidades. Ele nos sustenta para não desistir, quando estamos encostados na parede. Ele nos motiva na ousadia da luta pela vida. Sem amigo corremos o risco de perder o chão sob os pés. Sabendo que meu amigo me apóia, os problemas se relativizam. Sem amigo, eu já teria dito diversas vezes: "Dane-se!". Mas sei muito bem que isso não teria feito favor algum a mim e às pessoas ao meu redor. A conversa com o amigo me permite descobrir o meu próprio modelo de vida. Eu sinto que entraria num beco sem saída. O amigo me preserva disso. Ele me dá aquele fôlego longo de que preciso para terminar minha caminhada. [Anselm Grün]

Para ler... para ser... para fazer!


Queridos "do Caminho",

Contribuir é algo que muda a vida da gente. Muda as referências e prioridades. Altera a sensação de prazer e de realização. Subjuga o poder do Diabo como Dinheiro em nossa vida. Eleva os alvos da vida. Faz pensar nos outros; especialmente, muitas vezes, naqueles que nem conhecemos. E, entre outras coisas, nos põe no caminho da generosidade e da fé que lança o pão sobre as águas para só achá-lo depois de muito tempo... [leia +]


A Graça que salva da Lei e da Lista
Sem o descanso que vem da Graça em Cristo e da certeza de que Ele já agradou a Deus por mim, o que sobra é apenas a doença de ser, de onde se derivam todas as nossas neuroses, esquizofrenias e psicoses. [
leia +]

Qual é a Igreja de Jesus cristo?
A Igreja é a comunidade daqueles que respondem afirmativamente à revelação de Deus em Jesus Cristo, e que se dispõem a conformar suas vidas à intenção de Deus revelada em Sua Palavra, vivendo como povo-comunidade, comprometidos com a manifestação do caráter de Deus e do amor que gera unidade, a fim de que, mediante o serviço misericordioso e o intrépido testemunho verbal da Palavra, sejam um acontecimento revolucionário na propagação da salvação e da justiça do Reino de Deus na história humana. [
leia +]

Está chegando uma nova era
“... o tempo dos gentios pisarem Jerusalém está chegando ao fim...”. O tempo, no qual houve total cegueira está terminando para muitos, e, agora, as comportas da Graça se abrirão e muitos de súbito verão o que é e o que não é Evangelho. [
leia +]

Servindo a Deus no templo
Por que ao invés de vocês ficarem brincando de sofrer e de buscar a Deus pelos ritos, sacrifícios e barganhas [enquanto o coração de vocês está cheio de ódio e rancor], vocês não praticam o que é bom? [
leia +]

Aos que responderam a enquete sobre o Caminho...

A enquête destes dois últimos meses perguntou aos que lêem o site como eles se sentem em relação ao "Caminho da Graça", movimento que nasceu faz apenas três anos, a partir do site e das coisas que digo, prego e escrevo, todas no objetivo de trazer as pessoas ao conhecimento puro e simples do Evangelho.

Mesmo tendo apenas a ver com um clicar com a mãozinha virtual num ponto na tela do computador, a maioria das pessoas não gosta de responder enquête. Sim! Para muitos parece que se clicarem ali de algum modo serão identificados; ou apenas porque nem mesmo chegam a ver o informe lateral da enquête ao lado esquerdo da tela; ou ainda somente porque acham algo tolo e sem significado...

O pessoal do "
Caminho da Graça", por exemplo, tende a ser do tipo que não gosta de responder a enquête do site. Vão aos textos e sempre acham que o mais é "para os outros". Digo isto porque o número de gente do Caminho que lê o site é muito, muito maior do que o número dos que responderam "já estou". Entendo as razões subjetivas de quem assim se sente porque eu mesmo sou do tipo que não dá muitas explicações e nem responde muito a nada que seja estatístico.

Posso dizer o mesmo do pessoal que visita o site todos os dias, ou algumas vezes na semana, ou uma vez por semana, ou de quinze em quinze dias e ou uma vez ao mês. Em geral são pessoas que apenas internalizam os conteúdos e não se preocupam muito com outras coisas. Sim! Porque apesar de mais de 120 mil novos Ips se conectarem todos os meses aqui no site, o número dos que são "de todo dia" e do "dia todo" é maior. Portanto, se apenas quase seis mil Ips diferentes responderam a enquête, então é porque o percentual ínfimo de pessoas que lêem o site responderam ao que foi indagado.

Esta é a primeira constatação, e que me vem da comparação entre as respostas à enquête e o numero de endereços eletrônicos de computadores individuais que se conectam ao site de modo novo ou freqüente.

Outra constatação é que os "inimigos do site" são freqüentes e intensos na manifestação de sua hostilidade. Odeiam, mas não podem deixar de ler, de saber e de buscar o quê ou inventar um o quê a fim de jogarem pedras. Para mim é um pessoal interessante de ser estudado. De fato, além de orar por eles, também os estudo como quem sente as reações de pessoas doentes da percepção ou possuídas por uma paixão traída e, por isto, com desejo de jamais...

Esses são do tipo que pedem para que a "turma" vote e se manifeste. É gente de "Parada de Orgulho..." São soldadinhos de pulsões literalmente "viscerais". São fundamentalistas apenas porque não têm coragem de ir até a essência.

Assim, entre quem diz "jamais" e quem apenas diz "não preciso", aparecem 28%. Os demais 72% variam entre o "Estou avaliando" e aqueles que já iniciaram algo e buscam vinculo pela identificação ou por verem-se como rebentos do site; e os que querem muito, mas não sabem como.

Por isto, para cada aspecto positivo da enquête estou acrescentando links com informações pertinentes. Desse modo você encontrará o link no qual clicar e ir ler o que precisa saber.


Você e o Caminho da Graça:

Jamais

1162 votos - 20%
Link:
www.caiofabio.com - rsrsrs

Estou avaliando

452 votos - 8%
Link: www.caiofabio.com - rsrsrs

Não preciso

346 votos - 6%
Link:
www.caiofabio.com - rsrsrsrs

Não tenho como

364 votos - 6%
Link:
www.caiofabio.com – fique firme!

Quero demais

1172 votos - 20%
Link: www.ocaminhodagraca.blogspot.com - leia tudo!

Inicio um grupo

653 votos - 11%
Link: www.ocaminhodagraca.blogspot.com - vá fundo!

Já estou

712 votos - 12%
Link: www.caiofabio.com, as reuniões de seu grupo, e muita oração e leitura das Escrituras no seu dia a dia.

Como faço...

1081 votos - 18%
Link: www.querosabersobre.blogspot.com – faça contato agora mesmo!

Total de Votos: 5942

Aos que disseram "jamais" ou "não preciso", perdão pelos "rsrsrsrs" e pela sugestão do www.caiofabio.com para leitura.

Todavia, de fato, a minha "sugestão" é o que eu sugiro mesmo, na esperança que você saiba que "jamais" somente Deus conhece quando existe como possibilidade para nós (Paulo que nos conte!) — e também na esperança que um dia o entendimento do Espírito lhe seja concedido.

Entretanto, em verdade digo a você, de todo o meu coração, que a única coisa que lhe importa é deixar de lado toda doutrinação, e, ler o Novo Testamento inteiro, de ponta a ponta, se possível sem parar, de uma golada só, como se fosse um romance apaixonante; umas três vezes seguidas, no espaço de uma semana. Sim! Faça isto, pois sei que você não chegará do outro lado como você está ou ficou. Este é o desafio que faço a você.


Nele, que nos chama à comunhão na verdade e em amor, e não ao existir no ódio ou na ignorância pagã,


Caio

Para todos "os do Caminho"...

Clique na imagem para ler alguns textos

Pai,

Não permitas que a fraqueza que habita em nosso coração nos impeça de cumprir, em obediência e gratidão, o propósito ao qual Tu nos chamaste à existência.
Não nos deixe cair na tentação de achar que podemos algo ou alguma coisa, a partir de nós mesmos.
Não nos entregues à nossa própria sorte e vaidade; antes, intervenhas em nós, soberana e graciosamente, em detrimento de um "querer" que há e que nada sabe.
Não permitas que sejamos apenas "alguns" a aumentar a estatística de nascimentos e óbitos, neste mundo; mas, faz que sejamos cidadãos cujos nomes estejam escritos no Teu Livro da Vida!
Que pela Tua infinita bondade e segundo a grandeza do Teu coração, apreendamos a honrar o Nome que está acima de todo nome!
Que a vida que Tu nos concedeste não venha a ser em vão, inútil ao teu Reino... Mas, que se cumpra em nós, no tempo em que Te aprouver, tão somente a Tua vontade!
Não nos permitas, um viver sem sentido - longe de Ti, num mundo caído.
Principalmente, não nos deixes morrer, não permitas a nossa partida, sem que antes experimentemos como realidade em nosso ser, ainda aqui, uma verdadeira e abundante vida... Num caminhar, plenamente, Contigo!

Que Tu nos faças ser sal e luz!

Em Nome de Jesus,

Amém!

Gláucia
Estação Recife

Informativo | TRILHOS – Compartilhando os Atos do Caminho


Clique aqui para ler a 3ª Edição da nossa Newsletter.
Deseja ler as edições anteriores?

Leia aqui a Edição 1
Leia aqui a Edição 2


O que é felicidade?
Felicidade é querer ser em Deus, e conhecer em Deus conforme a Palavra da Vida nos revelar o significado de todas as coisas, gradualmente, e sempre em humildade. Felicidade é contentamento em Deus. [leia +]


Vale a pena "ler" de novo...
O "Caminho" foi esquadrinhado! E em tão pouco tempo de existência instituída uma coisa muito nos anima, ao mesmo tempo em que nos perturba: Sim, o "Caminho" não erra os erros da "igreja". Contudo, erra os seus próprios! [leia +]



Que caminho é esse?!

O Caminho da Graça é um “...LUGAR-MENSAGEM...” para aqueles que não tem mais nenhum outro caminho a fazer. [leia +]

O que é uma ESTAÇÃO?!
Uma Estação é um Caminho da Graça. Não é uma franquia, nem uma denominação, nem uma filial. É o espaço comunitário onde se desenvolve todo o conceito do Caminho. Veja aqui os vídeos do I Encontro do Caminho da Graça.

Pense Comigo

Esta mensagem foi gravada pelo Pr. Caio Fábio
para o programa
Pense Comigo que foi ao ar na Rede TV Sul.

Veja aqui a segunda mensagem do programa Pense Comigo.


Gente amada do Caminho, paz e verdadeira vida Nele, em quem somos e existimos...

Na vivência da fé em Jesus, precisamos tocar e nos conectar às pessoas, precisamos nos entrosar com toda atividade externa e com a vida do mundo – ou seja, enquanto caminhamos vamos samaritanizando o caminho! Pois chegamos naquele ponto da caminhada na qual toda confissão se faz acompanhar Daquela Voz que diz: "Vá e faça o mesmo". Portanto, neste caminho, quem não se samaritanizar, acaba por se satanizar – ou seja, caminhará como religioso!

"Quem deixou a Religião, abandonou o caminho do Sacerdote, largou o caminho do Levita, e decidiu fazer o caminho do Samaritano. E se não for assim, é só blá-blá-blá de quem está no meio do caminho, tendo largado uma coisa sem abraçar a outra" (Marcelo Quintela)...

É hora de pregar a Palavra da Graça do Evangelho de Jesus. É hora de mostrar que estamos levando o Evangelho a sério! Não há mais tempo. É hora de atacar. De agir. De convidar...! O Caminho é na vida!

Pense nisto... Pois é conforme o Evangelho que o "Caminho da Graça" está caminhando!


E se o Caminho da Graça é seu caminho histórico e seu lugar de refrigério no Evangelho, então, nosso convite a você, com todo carinho e serviço, é: PARTICIPE DO CAMINHO! Não sabe como?! Clique aqui para nos enviar um email com o que você deseja saber...


O Evangelho só diz: ama!
Esse é o Caminho do Samaritano!

Vem e vê!!!

Chico.

Um convite ao surto
Você acredita que foi uma pulsão divina que te trouxe a existência?! Sim ou não?! Se você crê que foi... Então por que você vive como quem tem medo de crer que nasceu com um propósito divino?! [
leia +]

Pouco é necessário
O que você está esperando? Até quando você se esconderá do fato que em você habita o poder do milagre, e que sua vida é assim como tem sido, pequena, sem alegria, sem os tumultos bons, sem os bons combates, sem o espírito da revolução, apenas por que você não crê mesmo? [
leia +]

Segue-me tu!
Meu desejo sincero é que estejamos libertos do que denomino enquanto uma espécie de “síndrome da alteridade”, que nada mais é do que o retrato perverso de alguém que se preocupa em demasia com o outro, mas que não dá conta – ou não quer, ou algo além disso – de olhar para dentro de si mesmo, e dizer: “o que é isso que me habita”? [
leia +]

A hermenêutica da nossa conveniência!
Nosso "Deus" é do tamanho das nossas ambições, egoísmos, "podres poderes" e oportunismos, juízos, preconceitos, desejos e rivalidades. Daí, "Ele" não ser Ele, sendo somente um mito, uma lenda, um avalista, um fiador, um holograma, uma grife, uma marca-de-marca, um pacote, um kit, um mix, uma fórmula, um método, um amuleto e a evocação de um ente supostamente maior que nós e que nossas ações, mas que não passa de um reflexo. [
leia +
]

O que te move?

Deus, o que te move? Uma vez ouvi dizer que é a oração. Não sei…
Deus o que te remove? Uma vez ouvi dizer que é o pecado. Não sei…
Deus o que te sensibiliza? Uma vez ouvi dizer que é o louvor. Não sei…

Deus, não serias Tu completamente perfeito e imutável? Não serias Tu um Deus que não sofre variações?  Um Deus que jamais é manipulado?


Então qual seria o poder que podemos ter, que mudaria Teu propósito estabelecido?

Não se pode mover Deus. Deus é que move tudo. Ele não pode ser mudado. Ele não erra, não falha. Ele não se deixa manipular. A Sua própria graça que O move. Se eu orar com peso na voz, acreditando que isso seja autoridade, ou se apelar para uma música com acordes menores para proferir choro provocado, acreditando sensibilizar a Deus, se usar do auto-flagelo de jejuns forçados ou apresentar qualquer outra atitude que vista roupas espirituais, nada convencerá Deus a mudar.

Tudo o que foi citado serve apenas, se com o mais puro coração, expressando total confiança a Deus e em Seus planos, para me mudar. Afinal eu é que preciso de mudanças. Mudanças essas que somente o Deus imutável pode fazer em mim. Por isso o elo de ligação entre nós e nosso Deus é a oração, a santificação e o louvor.

Deus, ouvi o Senhor dizer que eu é quem precisa ser mudado. Amém.

Ronie Klabunde

Postado no Blog da Estação do Caminho em Brusque

Como fazer nosso caminho na estrada?
No caminho de Deus que a gente anda, não existe uma estrada fixa, de modo algum. Na mente da gente, na maioria das vezes, quando se pensa em andar com Deus, o que se apresenta é uma idéia de uma estrada fixa. Aí alguém chega e diz assim: "Jesus é o caminho". Aí o sujeito imagina Jesus como sendo a BR-1 de Deus, um caminho fixo. [
leia +]

Religião não! Espiritualidade sim!
Espiritualidade, conforme já tenho dito em muitos livros e textos meus, é aquilo que perpassa a vida, de modo integral, como espírito que qualifica todas as percepções, interpretações, atitudes, e decisões de uma pessoa. [
leia +]

O Deus “espelho meu, espelho meu”
Nosso "Deus" é do tamanho das nossas ambições, egoísmos, "podres poderes" e oportunismos, juízos, preconceitos, desejos e rivalidades. Daí, "Ele" não ser Ele, sendo somente um mito, uma lenda, um avalista, um fiador, um holograma, uma grife, uma marca-de-marca, um pacote, um kit, um mix, uma fórmula, um método, um amuleto e a evocação de um ente supostamente maior que nós e que nossas ações, mas que não passa de um reflexo. [
leia +]

Leia... Pense nisto!


Temos um tesouro para oferecer
Incomoda-me e entristece-me ver que o "cinismo dos santos" e a "síndrome de Nazaré" tem feito surgir uma geração de pessoas que vivem "em contradição" ao que professam compreender do Evangelho. Uma geração que apenas carrega a fama de estarem vivos, mas na verdade estão mortos. É gente que tem na alma uma Társis existencial tatuada, e por isso preferem o isolamento narcisista e autista – querem a todo custo fugir do "ser para fora"! [leia +]

O mais fascinante projeto de vida
Seguir Jesus não é ser modelado dentro do apertado terreno dos condicionamentos psicológicos, culturais e religiosos dos nossos guetos evangélicos. Entre nós a conversão é muitas vezes um fenômeno de mimetismo, não o nascer de uma nova criatura. A conversão não é, na nossa superficial e freqüentemente hipócrita cultura evangélica, a assimilação de chavões, palavras, gestos feitos, tom de voz e indumentária própria. [leia +]

Fraternidade no Caminho

Logo que decidi voltar a pregar, ainda em agosto de 2000, na comunidade da Urca, na qual minha mulher servia como pastora há anos, ajudando nossos amados Cúrcio e Silvinha — eu jamais esperava estar iniciando um processo que tomasse as formas e dimensões que tomou.

Paulo Leite, fiel amigo e Presidente da Igreja Congregacional no Brasil, bem como o Pr Washington Souza, que me convidava semanalmente para dar uma entrevista no programa de televisão dele na Band quando o Dilúvio passou, foram pessoas da primeira hora, e sem nenhum interesse além da amizade.

Assim, mesmo que fugindo de compromissos, devagar foi pregando aqui e ali [conforme a amizade], enquanto dizia "não" à multidão de convites que me vinham de todo tipo de igreja, pastor e ministério, aqui e fora do país.

Era convite não apenas para pregar, mas para ser bispo, apóstolo, líder de grupos ou até presidente de ONGs Internacionais cristãs. Mas os convites me davam erisipela...

Meu mano reverendo Guilhermino Cunha, pastor da Catedral Presbiteriana do Rio me convidou para ficar lá, com ele, o que me significou um tempo longo de reflexão a fim de decidir, pois, somos amigos, e por ele tenho toda amizade e gratidão; bem como pela Catedral, minha igreja desde há muito tempo. Meu pai e minha mulher também achavam que esse seria o caminho normal. Eu, porém, sentia que era outro o caminho de Deus para mim.

Depois o Presbitério de Niterói me reintegrou às minhas funções pastorais na IPB, mas, outra vez, após ter pedido afastamento unilateral por cinco vezes antes disso [desde agosto de 1998], agora, com tudo feito e pronto, não senti que era tampouco aquele o caminho de Deus para mim.

Enquanto isto acontecia o Café com Graça!...

Eu, todavia, sabia que aquilo era importante, mas que ainda não era o que Deus tinha preparado. De fato o Café foi a minha "gruta de Adulão". E quanta gente boa nasceu ali!... E eu mesmo!?! Quanto fui falado por Deus enquanto pregava aos outros!?!...

Veio então o convite da Igreja Episcopal Carismática do Recife, na qual tenho muitos amigos amados, começando pelo Bispo Paulo Garcia, e, sobretudo, na amizade de décadas que tenho com o Reverendo Alexandre Ximenes, hoje bispo, e que me convidavam para ficar ali, com eles, coberto de todo carinho e amor. Mas também não senti que aquele era o caminho de Deus para mim.

Enquanto isso... O site entrou no ar e milhares e milhares de pessoas começaram a se conectar e a se abrirem, falando do coração. Literalmente eram milhares e milhares e não parava de crescer.

Assim, surgiu a idéia da Irmandade Virtual. Em razão de muitos pedidos fizemos uma reunião em São Paulo.

Ora, em meio a tudo isso havia o Rômulo, a Doró, o Luciano e a Gina. Luciano e Gina tinham passado um ano conosco no Café, em Copacabana, e o Rômulo e a esposa sempre iam até lá me ouvir nos fins de semana.

"Caio! Vamos pra Brasília! Vamos levar tudo pra lá! Pense nisso!" — me diziam os irmãos Rômulo e Luciano.

Então, estranhamente, logo depois da partida de meu filho Lukas, meu coração queimou outra vez. E o lugar do recomeço seria Brasília, e por razões que me vinham exclusivamente do coração, e de nenhuma outra lógica.

Nesse meio tempo o site "bombava". Literalmente milhões de pessoas liam o que eu escrevia todos os dias ou semanas. Eram números de um grande Portal, e que cumpriam a profecia do irmão João, aquela que está aqui no site acerca do "Portão dos Invisíveis", e que me foi entregue por ele, sem consciência de nada, em agosto de 2000.

Assim, todos os dias havia gente pedindo ajuda. Pessoas sós de coração e que se identificavam com meu ensino no Evangelho. Todos queriam que eu começasse algo. Foi quando depois de muito orar decidi iniciar a primeira Estação do Caminho, aproveitando o fato de que o Marcelo Quintela já tinha uma longa história indireta comigo, desde a infância dele. Foi por essa razão de natureza histórica e de continuidade, relacionada a alguém que ouvira o Evangelho de um tio, a quem eu batizara, e que levara umas fitas minhas para a casa do Marcelo ainda menino, e ele e toda a sua casa vieram a crer no Senhor, que decidi que iniciaria o processo fora de Brasília com ele.

De lá para cá muitas Estações e centenas de outros se uniram ao Caminho. Hoje, minha alegria é imensa, pois tenho também ao meu lado manos amados e maduros como o Carlos Bregantim, o Chico, o Luiz Wesley e vários outros que estão chegando.

Hoje, entretanto, uma nova situação se configura. Há milhares de amigos pastores ou não, os quais andam aqui no site com avidez todos os dias, e que são edificados e mentorados pelo que digo e escrevo, e que me pedem já faz algum tempo que iniciemos uma Fraternidade no Caminho da Graça. Ou seja: algo que exista não como "Caminho da Graça", mas sim como uma Fraternidade de pessoas que se identifiquem com a mensagem, mas que, por razões diversas, não podem se integrar diretamente a uma Estação do Caminho, embora tenham total identificação com os conteúdos e com o ensino que reparto.

Assim, estamos criando um Blog chamado "Fraternidade no Caminho" e que reunirá todos os do Caminho, bem como todos aqueles que tenham identificação com os conteúdos e com o espírito do que estamos ensinando, mas que não podem deixar o que fazem e nem onde estão a fim de se integrarem a um grupo do "Caminho da Graça".

O processo:

1.         Assim que o Blog estiver pronto avisarei no site;

2.         Todos os interessados deverão inscrever-se no Blog, de preferência deixando uma foto e todos os dados pessoais;

3.         Marcaremos um encontro de todos e nele elegeremos um grupo de irmãos que anualmente serão os responsáveis pela Fraternidade no Caminho;

4.         Todos os anos o grupo de líderes-servos será renovado para a tarefa da manutenção da comunhão entre os irmãos;

5.         Os encontros terão a finalidade de aproximar esse imenso grupo de Gente Boa de Deus que anda sem comunhão nos próprios corpos ministeriais nos quais servem.

Desse modo, sem discussão, mas apenas atendendo ao pedido de centenas e centenas de amigos, estou dando o ponta-pé inicial nessa comunhão da qual o "Caminho da Graça" participa, mas não é o dirigente.

Agora, portanto, chegou a hora de ver se quem pede tanto tem mesmo a disposição de assumir o que diz desejar mais que tudo como comunhão.

Todas as informações devem ser remetidas para chico@caiofabio.com



Nele
, que foi levantado a fim de reunir os filhos de Deus que andam dispersos,


Caio


O difícil retorno ao essencial
Não caia no engano de pensar que porque você criou uma fábrica de obras isso significa que você está dando fruto para Deus. [
leia +]

Leia aqui a Doce Revolução do Evangelho, e se você deseja conhecer o Caminho da Graça, onde essa revolução é uma realidade, clique aqui.

As reuniões do Caminho são... para todos?

----- Original Message -----
To: Marcelo Sent: Tuesday, March 21, 2006 2:14 PM
Subject: duvidas


Caro companheiro,

Estamos com algumas dúvidas com relação ao início do Caminho por aqui, pois tem muita gente fazendo contato para participar das reuniões. Queremos saber como trataremos destas questões? Como foi o surgimento do Caminho da Graça aí em Santos? Vocês abriram as reuniões PARA TODOS? Como foi? Sobre o que tratavam nas reuniões iniciais?


Abraços.

Belo Horizonte - MG

*******

Olá, meu amigo,

Que bom que as pessoas estão fazendo contato. Você verá que as próprias pedras clamarão!

Quanto às dúvidas que você levantou, quero te dizer o seguinte, sendo bem objetivo: Seja o mais simples e espontâneo possível. Tudo informal, tudo para todos. Tudo acerca do Evangelho e não de mais uma metodologia de aplicação eclesiástica. Não fique pregando acerca do modus faciendi da coisa toda.

Pregue o Evangelho de Jesus Cristo, e Este crucificado - Escandâlo até para os cristãos!

As pessoas já estão cansadas de ouvir acerca de novas fórmulas, métodos, visões, visões, visões... Argh! me dá até naúseas!

Portanto, se você não fizer reunião administrativa, todos e qualquer um poderão participar. Reuniões de organização civil ou de ordem estatutária (que com o tempo, serão necessárias) são para um grupo selecionados de irmãos envolvidos profundamente na história toda de abrir uma Estação, mas não necessariamente seus "pioneiros".

Mas, reuniões públicas são públicas! Podem vir não-crentes, crentes, tradicionais, pentecostais, pastores, presbíteros, diáconos, bispos, apóstolos, cardeais... Basta ser gente!

E no Caminho vai ser tratado como gente. Ninguém é a rainha Elizabeth no Caminho da Graça!

Não tem rico, nem pobre, nem culto, nem bronco, nem homem e nem mulher... Cristo é tudo em todos!

Aqui em Santos, nós começamos nas casas (CAMINHO COM-VIVÊNCIA) e simultaneamente, alugamos um auditório todo domingo, no qual fazemos uma Reunião (alguma música, pregação do Evangelho, testemunho, contribuição; e uma vez por mês, nós ceiamos com alegria e singeleza).

Não é exatamente o modo que é novo, e sim o espírito!

Nas primeiras reuniões, eu explicava que o Caminho não é uma igreja - no sentido da cultura evangélica - e nem pretende ser. É um movimento de consciência e conversão a Graça de Deus em Cristo (e nesse aspecto, temos visto a ação do Espírito nos corações e mentes).

Avisei, então, que todos poderiam vir e ninguém precisava sair de suas comunidades religiosas originais. Lógico que a maioria, assim que passa a frequentar o Caminho e ver que existe MESMO uma diferença - que não é propriamente de formato dependendo da experiência litúrgica de quem chega; mas que é de mensagem e de relacionamento - começa, então, também a frequentar mais assiduamente, porque lhes faz bem!

Depois que se conhece a abundância de Vida em Cristo, a maioria simplesmente não quer parar o processo de aprendizado e fortalecimento da fé.

É lógico também que, dependendo do circuito evangélico que a pessoa está ligada, os "porteiros da igreja" não vão deixar barato, e os que freqüentam o Caminho, serão chamados por sua liderança, e terão que se arrepender de ter feito isso... ("a vontade de Deus não sei o quê, a vontade de Deus não sei o que lá..."). Se o membro insistir, será convocado a escolher onde quer ficar. Com muita sorte, saíra "abençoado", se for o caso!

E quanto a nós? Como tratamos essas questões?

Ora, eu não fico perguntando quem é e quem não é; quem está e quem não está! Deixo vir e ir, conforme cada um.

Vem gente que quer conhecer e saber do que se trata, vem gente aflita, vem gente pelo site, vem gente que gosta de Jesus, mas está cansada da igreja que condena, que julga, que manda para o inferno, que patrulha. Vem gente enviada para xeretar e dar relatório lá na igreja (espiões), vem gente desconfiada, vem gente que sempre vem, mas nunca diz para que veio - E eu não digo nada! Não sou investigador. Vinde! Todos vós!

É uma Estação - não é um clube, não é uma maçonaria evangélica, não é um Rotary da Graça. Ninguém é membro e todos são, se forem membros do Corpo de Cristo! Pode vir, entrar, sair e encontrar pastagens. Entendeu?

Penso que para liderar o Caminho ninguém pode ter espírito de xerife. Se o teu chamado é pastoral... Você é pastor, não delegado! E a Estação se chama Estação porque é uma Estação, e não uma Presídio de Segurança Máxima, com o caso da maioria das instituições evangélicas de "regime fechado" (voltadas para dentro).

"Estação" não é um termo bíblico e nem vai virar, mas aloja como ilustração a realidade da EKKLESIA no contexto neo-testamentário, que é a Assembléia dos Chamados PARA FORA!

Mas quando digo que a "igreja" é um presídio, não duvidem. Isso fica evidente justamente quando o cidadão resolve sair de lá. Então, se dá falta dele na frequência, é lembrado pela liderança, e caçado, perseguido e mal falado no caso de ter encontrado melhor pastagem! Mas, isso só em 99,99% dos casos. E quem ficar bravo com essa constatação é porque é cego ou dono da carapuça!

O mentor de uma Estação não pode andar desconfiado das intenções alheias, não pode pedir investigações neuróticas. Não pode ficar em suspeição com a traição "denominacional" de alguém. Isso é maluquice mafiosa e não procede do Evangelho, todavia compõe aquela parte da lista de obras da carne de Gálatas 5, para a qual a "igreja" não dá a mínima.

Portanto, deixa isso para o pessoal que gosta de fazer isso. Tem um pessoal que tem tara de conquistar o membro da igreja alheia: "Consegui, háhá! Tirei o cara da igreja daquele meu colega que é metido só porque tem a maior igreja da cidade! háhá! Eu invejo, mas conquisto! Aleluia!" Aí o bobão inseguro pensa que virou mais homem em cima do outro. Até se acha, por alguns segundos, mais espiritual, mais poderoso, mais pastor. Tudo coisa de criança, que sempre quer o brinquedo que está na mão do coleguinha."

Entendeu como os caras pensam? É triste mas é assim.

E o que me desaponta profundamente é que eles perderam a capacidade de se arrepender dessas manias. Podem até pregar diferente, mas na hora do "vamos ver" é assim que é, sempre! Mas, vocês... Vocês estão fora do circo!

"Tu, porém, cuida de ti mesmo e da sã doutrina".

E deixa essas tolices para quem virou pastor só para matar a vontade de ser dono do outro, dono da Obra, dono da Vinha, dono das almas.

E qual é o compromisso que se tem com o Caminho da Graça? O compromisso pessoal com a Estação tem a ver com a consciência voluntária de manutenção e suprimento das necessidades coletivas do trabalho. O que não for espontâneo, alegre e fruto de gratidão e amor não interessa para Deus e nem interessa para o Caminho.

Portanto, apele às consciências, conclame à generosidade, exponha as necessidades, peça ajuda sincera; só não faça terrorismos, não trate ninguém como criança, não faça "ameças bíblicas", não chame a tesouraria de "casa do tesouro", porque vocês não são o Estado de Israel e nem o dízimo é um imposto nacional de tributação obrigatória, como no templo de Jerusalém e na igreja evangélica, que diz que namora com Jesus, mas vai todo dia para cama com Moíses, em flagrante adultério contra o Noivo e a Nova Aliança!

Que todos aprendam a dar ofertas e dízimos, mas como Abraão diante de Melquisedeque - cheio de gratidão e reverência e sem barganhas a fazer!

Diferente do meu costume, estou publicando essa e outras cartas no site para, através delas, tirar dúvidas de um monte de outros irmãos, segundo os emails que recebo.

Um abraço a todos os irmãos de BH, que inauguram a Estação nessa semana!


Na mesma Graça,

Marcelo
marceloquintela@caiofabio.com

Religião não! Espiritualidade sim!

Em Jerusalém um amigo judeu de muitos anos, que já foi meu guia, mas que se tornou amigo mesmo [ele meu e eu dele], me disse que pastores brasileiros chegam lá, e, uma vez indagados por mim, dizem, entre outras coisas, que eu deixei a "religião cristã".

Meu amigo judeu então lhes diz:

"Mas ele nunca acreditou em religião. Ele apenas sempre creu em espiritualidade, não em religião. E a espiritualidade na qual ele crê não é a dos cristãos, mas sim a de Jesus".

Ora, depois chegam lá os crentes tapados querendo "evangelizar judeus", sem nem mesmo saberem fazer distinções básicas, as quais, para muitos deles, como meu amigo, são sutilizas essenciais, especialmente para quem, em nome da religião cristã, sofreu milênios pelo crime religioso de os judeus terem entregue Jesus aos romanos para que esses o executassem; crime esse que até hoje é discutido, o qual, no curso dos tempos, colocou os judeus sendo "judiados" pelos cristãos de todos os modos e formas possíveis, culminando no holocausto da II Guerra.

De fato, meu amigo está certo. Sou discípulo da espiritualidade de Jesus e de nada mais.

Não sou discípulo da espiritualidade de Paulo e nem de nenhum dos apóstolos, mas sim de Jesus, única e exclusivamente de Jesus. É a partir de Jesus que vejo o que é e o que não é sadio até na espiritualidade dos apóstolos.

Espiritualidade, conforme já tenho dito em muitos livros e textos meus, é aquilo que perpassa a vida, de modo integral, como espírito que qualifica todas as percepções, interpretações, atitudes, e decisões de uma pessoa.


Meu amigo judeu entendeu isto, e tem seu coração aberto para mim e para o Evangelho. Entretanto, muitos cristãos [a maioria], à semelhança dos judeus que perseguiam Paulo por ele ter deixado a "religião judaica", insistem em não entender o óbvio, apenas porque a ruptura que está estabelecida, agora, já não é mais de livros, textos e de conceitos, mas prática e histórica; e é isto justamente o que os tem apavorado.

No início, ouviam e pensavam: "São os estrebuchos do falido, do caído, do homem sob os escombros!..."

Mas agora que vêem milhares e milhares, e até seus filhos, esposas e netos enxergando o que eles se negam a ver, então, dizem: "Este homem está corrompendo a religião!"

Então, os mesmos que me perseguem por aí, muitas vezes me escrevem cartas de apelo, implorando que eu "volte", e que pare de criar essa "divisão".

Que divisão? Sim! Eu quero saber! Qual foi a divisão que eu criei?

O Evangelho só é divisão para os que se perdem, pois, todo aquele que o ama e nele crê, esse, quando o ouve, deixa tudo e diz "amém" à verdade.

Assim, aproveito para informar aos que já sabem, mas não querem admitir que sabem, que o "Caminho da Graça" tem cultos, reuniões, ceia, batismos, ordenações conforme os dons, envia pessoas, sustenta pessoas, e anuncia a Palavra; e faz tudo isso sem ser um movimento da religião, mas sim da espiritualidade segundo Jesus.

Jesus pregava, orava com doentes e oprimidos, ensinava o evangelho e anunciava a chegada do Reino de Deus; além de acolher pessoas, andar com elas, reuni-las e fazerem-nas sentirem-se irmãs umas das outras, e, sobretudo, deixando a elas claro que o maior poder de testemunho que teriam neste mundo viria exclusivamente da capacidade que tivessem de amarem-se umas às outras — "para que o mundo creia".

Quando [logo depois de minha conversão] deparei com as implicações de Jesus ter sido sumo sacerdote segundo a ordem de Melquizedeque, ato continuo toda e qualquer força que a religião desejasse ter sobre mim, morreu...

Quem crê que Jesus é Sumo Sacerdote segundo uma ordem que transcende a religião de Abraão, crê, daí para frente, não mais em religião, mas apenas em espiritualidade em Cristo, conforme o Evangelho.

O "Cristianismo" é um ente histórico poluído e pervertido demais para ter qualquer poder de influencia de sal na terra.

Insistir nas Cruzadas Cristãs contra o mundo pagão, é ainda pior do que pregar o Islã, por exemplo; pois, pregar uma religião em nome de Maomé é coisa humanamente simples de entender, mas fazer a mesma coisa com Jesus é blasfêmia contra o ser de Jesus.

Desse modo, tudo o que Jesus faz e ensina nos evangelhos é o que nos concerne, e, sobretudo, Seu modo de ser, pois, é da observação de Seu modo de ser e andar que se tem, segundo Ele, a chance de em vendo-o, ver-se também o Pai.

Assim, alegremente reduzo-me a Jesus, e aceito os limites da infinita liberdade, e as contenções do amor, e as cadeias do regozijo, e a impotência dos milagres, e a fraqueza de se enfrentar o inferno apenas com a Palavra.

Isto, hoje, todavia, é loucura para o Cristianismo e escândalo para os Evangélicos!

Mas para todo aquele que crê, esta é a Raiz de Vida que põe seu espigão no cerne mais profundo do discípulo, dando a ele a essencial alegria e gozo no enfrentamento das tribulações que virão sobre todos os habitantes da terra.


Nele,


Caio

Olhe para Jesus e você entenderá a Palavra

-----Original Message-----
From: Jesus: A Chave Hermenêutica
Sent: terça-feira, 23 de setembro de 2003 17:56
To: contato@caiofabio.com
Subject: Contato do Site

Mensagem:

Rev. Caio,

Acho de extrema importância quando você fala de hermenêutica e diz que Jesus como a chave hermenêutica da Bíblia derruba qualquer regrinha ensinada nos cursos teológicos. Gostaria, porém, que você, se não for pedir muito, comentasse de forma mais substancial como seria, na prática, a aplicação dessa Regra-Jesus.

Um abraço,

P.S. Estou estudando esta disciplina para lecionar num curso. Sua orientação muito me ajudará.

*******
Resposta:


Meu amigo querido: Graça e Paz!


"Cristo é o Mestre, as Escrituras são apenas o servo. A verdadeira prova a submeter todos os Livros é ver se eles operam a vontade de Cristo ou não. Nenhum Livro que não prega Cristo pode ser apostólico, muito embora sejam Pedro ou Paulo seu autor. E nenhum Livro que prega a Cristo pode deixar de ser apostólico, sejam seus autores Judas, Ananias, Pilatos ou Herodes"—Martinho Lutero

É mais simples que pensar. Basta olhar para Jesus. Veja como Ele tratou a vida, as pessoas, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os parias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e o que mais você quiser...

Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e Nele estão TODOS os tesouros da sabedoria e do conhecimento. O resto, meu irmão, é invenção de quem não quer lidar com gente e prefere lidar com letras.

A Verdade não existe como Explicação, mas tão somente como Encarnação. A Verdade só pode ser vivida, não pensada. Todo pensamento acerca dela decorre da experiência; ou seja: do processo de encarnação. Assim, para enxergar a Verdade tem-se que vê-la na Única Vida na qual ela habitou cheia de Graça, e também tem-se que vivê-la.

E o Verbo se fez carne. Por isto é que posso discernir a Verdade em Jesus, mas ainda assim só posso discernir se eu mesmo a experimentar na vida.

A Verdade que vejo em Jesus--Encarnada Nele--eu mesmo tenho que conhecer na minha própria vida, ou encarnação, que é o único estado de existência que eu tive até hoje.

Quando vejo Jesus, eu vejo a Verdade. Quando eu vivo, sabendo que Ele é a Verdade, mesmo que minha existência não encarne toda a Verdade que vejo em Nele, até nos meus movimentos contra ela, eu a conheço; visto que não tenho mais como não conhecê-la, mesmo que a negasse.

Foi assim com Pedro. Ele conheceu a Verdade em Jesus, e teve que experimentá-la em si mesmo. E, provavelmente, o dia no qual ele negou a Jesus, tenha sido um dia, para ele, de muito mais verdade que a noite da Transfiguração.

Assim, Jesus é a chave hermenêutica para se discernir a Palavra, mas mesmo assim, eu só a conhecerei como Verdade, se eu mesmo a provar na minha carne; e isto é o que acontece quando a gente anda no Caminho; e assim é mesmo quando a gente tropeça.

Desse modo, a Encarnação é a chave hermenêutica, mas essa chave tem que abrir antes o meu coração. E isto só acontece no encontro entre a Verdade e a Vida. Ora, tal encontro só se dá no Caminho.

Por fim eu lhe digo que este site é um exemplo de como se deve ler a Palavra somente a partir de Jesus, da Encarnação.

A primeira vez que expressei essa noção por escrito foi no meu livro "Seguir Jesus: o mais fascinante projeto de vida". Se puder leia.



Nele, em Quem a Palavra está explicada em gestos, modos, atitudes, palavras e espírito,


Caio

Lendo o Novo Testamento no Caminho

LEITURA DO NOVO TESTAMENTO: cada pessoa no Caminho deve fazer a leitura do N.T. conforme a seqüência que se segue, sem leitura orientada, a fim de que cada um, de si mesmo, verifique o significado do Evangelho sem as leituras pré-condicionantes aprendidas na religião.

Os livros do Novo Testamento foram escritos na seguinte ordem: 1ª e 2ª Tessalonicenses; Gálatas, Efésios, 1ª e 2ª Coríntios, e Romanos; Colossenses, Filemom; Filipenses, 1ª e 2ª Timóteo e Tito; 1ª Pedro; Marcos; Mateus; Hebreus; Lucas; Atos; as Cartas Universais (as que restam – Tiago e Judas); João 1ª, 2ª e 3ª, Joao e 2ª Pedro; e Apocalipse.

CHAVE HERMENÊUTICA: OLHE PARA JESUS E VOCÊ ENTENDERÁ A PALAVRA. "O Verbo se fez carne...", sendo assim, a Encarnação torna-se nossa única e possível chave hermenêutica para entender a Palavra, a mim mesmo, o próximo e a realidade atual.

1. Deve-se ler existêncialmente a Bíblia como tendo seu espirito realizada em Cristo. Ele veio para cumprir tudo. Cumpriu? Sim! Está consumado! Mas cumpriu de uma maneira legal-aos-sentidos? Não! Prova disso que o cumprimento da Palavra em Jesus era justamente aquilo que os mestres da Lei em Seus dias chamavam de transgressão. Assim, há um espírito até na Lei. Jesus cumpriu esse espírito, não suas materializações!

2. Deve-se ler as "falas" de Jesus e não somente fazer (quando se faz) exegese do texto. Antes disso, deve-se perguntar: qual o significado desse ensino de Jesus para Jesus? E a resposta é uma só: veja como Ele lidou com a vida, com as pessoas, com os fatos! Conferindo uma coisa com a outra fica-se livre da construção de dois seres irreconciliáveis: o Jesus que viveu cheio de amor e graça, e o Jesus que ensinou coisas que só os interpretes autorizados conseguem "captar".

3. Desse modo, então, não se faz jamais uma interpretação textual que não coincida com o comportamento e com a atitude de Jesus na questão, conforme o Evangelho. Eu confiro tudo com o espírito de Jesus, conforme o Evangelho.

4. Só assim Jesus não fica esquizofrênico ante os nossos sentidos: o que Ele disse, Ele viveu; e o que Ele viveu, é o que Ele disse.

"Assim, Jesus é a chave hermenêutica para se discernir a Palavra, mas mesmo assim, eu só a conhecerei como Verdade, se eu mesmo a provar na minha carne; e isto é o que acontece quando a gente anda no Caminho; e assim é mesmo quando a gente tropeça."

Leia também:



O que vem primeiro: a Escritura ou a Palavra?


É pra comer. Não é pra conhecer o cardápio


Jesus lia as Escrituras

Estrada & Caminho

ESTRADA & CAMINHO

SALMO 84

INTRODUÇÃO

Esse é o salmo do peregrino. É o salmo que inspirou muitas gerações de pessoas na terra de Israel que reuniam-se uma vez no ano para irem ao templo adorar a Deus. Esse era o salmo do caminhante, era o salmo da jornada, o salmo da estrada. A medida em que eles iam se aproximando do templo, as alegrias do coração se manifestavam e o salmo era falado como uma jornada do caminho, como uma confissão da estrada de quem queria chegar num lugar da adoração. Nós não somos hoje pessoas do templo, o templo somos nós, não temos nenhuma devoção por pedras, colunas... Somos santuário de Deus, somos habitação de Deus no Espírito. Portanto, a leitura desse salmo já não nos serve como uma inspiração para quem está indo a um lugar de culto; seria de uma pobreza primitiva enorme a gente pensar assim. Mas, é sobretudo uma viagem existencial para esse lugar aonde Deus tem o seu pouso em nós e aonde nós temos o nosso pouso em Deus, aonde a gente se aninha em Deus no caminho.

"Quão amáveis são teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!

A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!

O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes;

eu, os teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!

Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente.

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.

Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião. Senhor, Deus dos Exércitos, escuta-me a oração; presta ouvidos, ó Deus de Jacó! Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.

Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade. Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente.

Ó Senhor dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia."


 


A GRANDE QUESTÃO DO CAMINHO, É COMO VOCÊ ANDA NO CAMINHO.

A gente costuma associar a vida a uma estrada... Há aqueles jargões cansativos que toda hora nos acomete do tipo: na estrada da vida. E é, sem dúvida alguma, algo útil para nós, pensar que a vida é alguma coisa que se assemelha a uma estrada. A imagem da estrada é útil para entendermos a idéia do caminho. É útil porque aponta numa direção, numa via, e é útil porque há um caminho na estrada, mas não há uma estrada no caminho. Ou seja, a imagem da estrada me remete para o fato de que estou andando na direção de algum lugar, isso me é útil porque na vida não existe essa opção de não se estar andando. Não existe essa chance de não ser e de não ir. De outro lado, essa imagem da estrada é útil para nós porque nos mostra isso.
No caminho de Deus que a gente anda, não existe uma estrada fixa, de modo algum. Na mente da gente, na maioria das vezes, quando se pensa em andar com Deus, o que se apresenta é uma idéia de uma estrada fixa. Aí alguém chega e diz assim: "Jesus é o caminho". Aí o sujeito imagina Jesus como sendo a BR-1 de Deus, um caminho fixo. Aí você diz: "Como é esse caminho?". Então a pessoa te apresenta o manual de doutrinas, e você aprende aquelas doutrinas. Chega até o ponto de pensar que Deus não te ouviu, se você não mencionar a Trindade na oração: "Pai eu te peço em nome do teu Filho, no poder do Espírito Santo". Se não usar as três nomenclaturas, Deus ficou chateado. Já vi gente ser interrompida ou, após uma oração, receber admoestação de alguém que disse: "Escuta, você não falou em nome de Jesus". Porque se você não completar o pacote da estrada com todas as sinalizações dela, parece que você não está indo a lugar nenhum.
Nesse sentido, a imagem da estrada não nos ajuda, porque nós não estamos caminhando num caminho fixo. Ele disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". Não há fixidez, o que há é movimento na Verdade que conduz a gente na direção da Vida sempre. A estrada física conforme eu lhes disse é fixa. O caminho espiritual, por seu turno, é vivo e não é fixo. No caminho espiritual não existe fixidez da estrada, ou seja, o modo de caminhar e ver a estrada espiritualmente muda o caminhante e muda a estrada. Numa estrada física, fixa, não interessa como o caminhante caminha, a estrada é a mesma. Ele pode caminhar de maneira apressada, ou lenta, agitada, angustiada, calma, contemplativa, olhando em volta ou de maneira completamente alienada, a estrada é a mesma... Ele pode botar no automático e deixar ir. No mundo espiritual, no entanto, não é assim, não existe absolutamente nenhum chão fixo, por isso é que o justo vive pela fé, pisa no chão da fé e sabe sobretudo isto: o modo de caminhar e ver a estrada espiritualmente, muda o caminhante e muda a estrada. A estrada, acerca da qual a gente está falando hoje, é a existência de cada um de nós. Cada um de nós está numa estrada.


COMO É QUE A GENTE ESTÁ CAMINHANDO NESSA ESTRADA?

A estrada é chamada à existência, conforme o caminho do caminhante.

Isso que é extraordinário, porque a minha estrada não existe por si só, ela é chamada à existência conforme o meu caminhar. A estrada é conforme ela é andada, essa que é a verdade! Nesse sentido, a estrada física-fixa fica pobre para ilustrar o caminho espiritual. A estrada física não muda com os caminhantes, ela permanece a mesma. Mas a estrada espiritual é feita pelo andar do caminhante, é produzida pelos teus pés. Por isso não se pode apenas dizer para alguém: "Olha só, vê ali, Jesus é o caminho, anda nele". Porque isso não vai significar absolutamente nada para pessoa, a menos que a pessoa ande e experimente. Nós, cristãos, temos uma mentalidade religiosa que nos faz pensar em Jesus como Caminho relacionado a alguma coisa que se assemelha a uma estrada física e fixa. Mas não é. E aí é que está o engano, e é aí que as coisas vão ficando pedradas dentro de nós. Por que a gente fica pensando que pela entrada na igreja, pela via do batismo, pelo aprendizado dos nossos jargões, dos nossos chavões, pela capacidade que a gente tem de papagaiar e repetir coisas que a gente ouve, ou simplesmente, porque nós fomos batizados e temos o nome arrolado num rol de membros de uma igreja ou participamos de determinadas formas de culto com certa regularidade e nos dizemos cristãos, nós somos de Jesus. E não é. Não existe fixidez no caminho de Cristo a menos que você ande nele. Não é possível você simplesmente dizer: eu sou de Jesus; se você não anda no Caminho.

Essa mentalidade religiosa é que pensa no caminho de Jesus como se fosse uma estrada e que a gente pode botar o pé nela e andar do jeito que quiser. No caso da estrada, se a gente for andando, dado o tempo e o espaço, a gente chega lá. Todavia, o caminho espiritual não é assim. Você pode ter tido todas as informações que lhe façam pensar que Jesus é o Caminho, mas se você não andar conforme o Caminho, você não está no Caminho. E é aí que o bicho pega dentro de nós. O interessante é que a estrada física, como eu disse, não muda com os caminhantes, mas a estrada espiritual é feita pelo caminhante.

E aí eu queria que você pensasse comigo no seguinte: Lembra da parábola do bom samaritano? Ela ilustra perfeitamente o que estou querendo dizer, antes de chegar no salmo. O que a gente tem ali é um caminho, uma estrada, que ia de Jerusalém para Jericó... mesma estrada... está fixa lá até hoje. Você pode fazer o caminho romano antigo dos dias de Jesus até os dias de hoje, ela esta lá, com pedras daquele tempo, com cenários que não mudaram, uma estrada. Aí Jesus disse que, naquela estrada aconteceu uma coisa que envolveu cinco pessoas. Uma mesma estrada, cinco caminhos diferentes, uma mesma estrada que foi alterada pelo caminhar dos caminhantes. Um mesmo chão que virou chão diferente de acordo com a diferença da caminhada de cada um. O primeiro indivíduo que a gente encontra naquela estrada é um homem honesto, que saiu de casa e foi trabalhar. E no caminho para levantar o sustento para a vida, uma tragédia o acometeu. E ele foi deixado - largado, caído, assaltado, ferido, roubado, depravado e privado dos seus bens e do que tinha - ali abandonado. Caminho de um homem honesto roubado e largado na estrada. Tem um segundo homem nessa história, nessa estrada, é aquele que encontra o honesto que vem andando, querendo levantar o sustento para levar para casa e o assalta. Mesma estrada, um segundo caminho, caminho de violência, de expropriação, de covardia, de aproveitamento, de roubo, de engano. Mesma estrada, um homem honesto caído, um assaltante que se aproveitou da vida dele, e fez o seu próprio caminho. Aí passa uma terceira figura, um sacerdote, mesma estrada um terceiro caminho. O sacerdote vem e olha o homem, passa de largo, segue o seu caminho, caminho da indiferença, o caminho da incapacidade de se solidarizar, o caminho daquele que tem a sua agenda tão definida, que não tem espaço para qualquer parada. Esse é, sobretudo, o indivíduo que achava que a finalidade de cultuar a Deus num lugar sagrado, cumprindo uma liturgia, lhe era mais importante do que a parada para exercer a misericórdia com aquele que estava ali deitado. Uma mesma estrada, um outro caminho. Aí tem um quarto indivíduo que passa na mesma estrada, um levita. Ele viu o sacerdote passar e não fazer nada, e não fez nada também. Assumiu o caminho da omissão homicida, largou o indivíduo, fez que não viu, alienou-se, ligou o botão do auto-engano e se foi, insensível e impermeável. Aí vem um quinto indivíduo. Mesma estrada, um quinto caminho. Era um samaritano considerado herege pelos judeus, abominado pelo sacerdote e pelo levita. Mas ele passa e ele olha, e ele vê e ele se abaixa, ele socorre, ele cuida, ele pensa as feridas, trata delas, derrama sobre elas óleo e vinho. Cuida do indivíduo e o leva e o coloca numa estalagem e diz para o estalajadeiro: "Eu estou deixando aqui dinheiro, e se não for o suficiente, bota tudo na minha conta, porque quando eu passar de volta eu vou quitar tudo". A estrada para o primeiro homem era um meio de vida e ele caiu nela. Para o segundo homem era um meio de se aproveitar dos recursos do outro, era o caminho do aproveitamento e do engano. Para o terceiro homem, o sacerdote, era apenas uma estrada banal, aonde o que quer que acontecesse não lhe dizia respeito, porque ele era um desses indivíduos que se deslocava de um ponto para o outro e o que acontece no meio para ele não existe, ele é indiferente à vida. O outro é omisso, ele sempre olha para quem ele acha que lhe é superior na hierarquia, e diz: "Se ele não fez, porque que eu tenho que fazer". E há um aqui, para quem o caminho é o lugar de misericórdia, é o lugar onde a graça pode se manifestar e aonde o amor de Deus pode ser encarnado. Uma única estrada com caminhos diferentes. Isso nos ajuda entender e a discernir uma coisa fundamental para nós hoje: O caminho é chamado à existência pelo modo como eu ando.

Nós estamos todos aqui reunidos em Brasília, no Hotel Fenícia, cada um veio de casa, e eu não sei o que vocês deixaram em casa. Mas eu sei uma coisa, que ainda que a vida seja completamente idêntica para nós, nós todos temos diferentes caminhos de vida. Você olha em volta e você vê pessoas tendo as mesmas oportunidades, respondendo a elas de modo completamente distinto, e vê pessoas não tendo oportunidades e respondendo a essas não-oportunidades de modo também completamente distinto. Anteontem, eu recebi uma carta quando eu ia chegando aqui. Um rapaz extremamente discreto me deu essa cartinha e falou: "Por favor leia, mas leia, leia mesmo". Eu já estava atrasado, entrando, e só dei um sorriso para ele e botei a carta no bolso. E a carta dele está aqui. Olha só como uma estrada que podia ser miserável se transforma num caminho de vida, por causa do pé de quem pisa, de como pisa, de como vê, de como enxerga, de como interpreta e de como chama coisa a existência para sua própria vida. "Estou lhe escrevendo essa breve carta a fim de externar o quanto sou grato a Deus pela sua vida, gostaria muito de um dia poder compartilhar com você de maneira mais detalhada minha caminhada. Pude saber quem era o meu pai biológico e conhecê-lo, foi uma experiência libertadora quanto a rejeição que tenho por parte do meu verdadeiro pai humano. Meu pai tem, o primeiro deles, a saúde regular apesar da doença e minha mãe nunca pegou uma gripe sequer por causa do HIV, isso é motivo de alegria. Deus tem feito muito em mim e o sonho que tenho como oração diante Dele é que eu me veja pacificado, fazendo de minha própria vida uma mensagem, mesmo que doa, assim como doeu aos profetas do Antigo Testamento. E assim como sei que tem doído em você. Mais uma vez muito obrigado Caio".

Agora, pense em você. Eu faço atendimento de pessoas, e às vezes, a vontade que me dá é dar uma surra no cara. Tem pai em casa, mãe em casa, tudo bem, tudo certo, tudo legal, trabalho, emprego, saúde... Aí, há complexo para tudo que é lado, quanto mais a vida vai melhorando, mais complexificadas as pessoas vão ficando, mais cheias de manias. Lá na minha terra no Amazonas, nas barrancas dos rios, não existe depressão, o cara tem que cuidar de comer o pão, ralar mandioca, pescar de sol a sol, não tem tempo para se deprimir. Ou ele sai para trabalhar ou ele não come. Mas entre nós é diferente. A vida vai ficando mais complexa, a luxúria começa a habitar a alma, se instala no espírito como insatisfação crônica, e aí não interessa o que o indivíduo tem na estrada, a estrada pode ser a favor dele, pode ser ladeira abaixo, pode ser pastos verdejantes, pode ser como for. Aonde, ele puser o pé a estrada vai mudar, porque ele chama a existência o seu próprio caminho. Agora, você tem aqui, um cara com tudo para não estar se sentindo grato, para estar pedindo aconselhamento. Mas, ele chamou a existência um outro caminho, apesar da estrada ter sido perversa. A estrada foi horrível, mas o caminho está sendo lindo. A mesma estrada, a mesma vida, o mesmo chão, a mesma existência sob o mesmo sol, cercados pelas mesmas circunstâncias, caminhos diferentes. Porque o caminho está dentro de mim, o caminho está dentro de você. Isso foi só uma introdução para a gente chegar no salmo (risos). Só que eu prometo que eu serei mais rápido do que nunca.

****

Quando a gente olha para o Salmo 84, vê que ele nos dá esse referencial, de como é que a gente - andando na estrada, qualquer estrada, na estrada comum, na estrada de todos – pode ir tecendo nosso próprio caminho.


COMO FAZER NOSSO CAMINHO NA ESTRADA?

1- Em primeiro lugar, ele diz que isso acontece quando eu carrego meu ser enternecido Ter um ser enternecido é a primeira coisa. Gente amargurada, vai pisar em chão de amargura, qualquer que seja o caminho. O salmo fala de um coração enternecido. "Quão amáveis são teus tabernáculos, a minha alma suspira e desfalece", ele está apaixonado, "o meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo". O que você tem aqui, existencialmente falando, é um ser enternecido por Deus.

2- E, em segundo lugar, o salmo ensina que qualquer que seja a estrada pode virar caminho bom e caminho de Deus, se eu ando com a segurança de quem, se sabe, sendo capaz de encontrar pouso, refúgio, agasalho, apenas em Deus. Essa carta, que eu li hoje aqui, é de um indivíduo, que com doze anos disse que foi visitado por uma plenitude que ele não sabia nem qual era. Depois falou em línguas, ele disse: "O menor dos dons, e eu não achava que nem era crente o suficiente para receber aquilo, por causa da mentalidade de causa e efeito, de legalismo". Mas Deus violou o legalismo da criança, e derramou a graça dele sobre ela, razão pela qual hoje aos 24 anos de idade, a estrada é perversa, mas o caminho dele é bom. Olha só o que diz o verso

3- "O pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, eu encontrei os teus altares Senhor dos Exércitos". Essa segurança de quem pousa no ninho de Deus, Deus é meu pouso. Boa parte da razão pelo qual a estrada se torna insuportável, é porque a gente vive fantasiando, e criando e projetando, e imaginando e elocubrando coisas e cenários e situações que não são reais. E a gente faz sempre isso para o lado de fora, a vida só nos é boa se ela for pintada com um cenário exterior que nos agrade. E quando isso acontece na maioria das vezes, a gente vem a descobrir que o mundo pode estar pintado de paraísos, se você não carregar no peito o caminho da vida, tudo vai perecer e desvanecer diante de você. O coração encontra significado no caminho quando ele diz para si mesmo:"Eu não tenho bem nenhum senão a Ti Senhor. Tu és meu pouso". Quando Deus é meu pouso, quando Nele eu tenho meu tesouro, o meu refugio, o meu ninho, o meu agasalho, aí nada me faltará. Quando eu acho que as coisas que me faltam, me precisam ser dadas para que eu me sinta satisfeito, eu posso ter todas as coisas e jamais estarei satisfeito. No entanto, no dia em que meu coração estiver enternecido por Deus e que todo meu sentido de segurança, de agasalho, de carinho, de conforto, de aconchego estiver Nele, não importa qual seja a estrada, vai virar um caminho de vida. 

4- Mais do que isso, o salmo diz que a estrada se transforma num caminho de vida quando eu carrego dentro de mim um louvor existencial na casa do meu ser. Olha só que diz o verso 4: "Bem-aventurado Senhor os que habitam em tua casa, louvam-te perpetuamente". Lá no Velho Testamento, eu disse que era um caminho na direção do templo, hoje o templo está aqui. E é um chamado para um caminhar existencial de contentamento, aonde a gente olha a vida com outros olhos e aí qualquer estrada vai virar caminho de vida. 

5- E além disso, qualquer estrada vira caminho de vida, quando eu levo em mim a atitude de quem transforma vales áridos em mananciais. Olha os versos 5 e 6: "Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual passando pelo vale árido faz dele um manancial, de bençãos o cobre a primeira chuva". Esse vale árido, lá no texto hebraico é chamado de vale de Baca, uma das alusões a ele está lá no livro de Juízes, quando se diz que o povo chorou em Boquim, depois que tinham pecado contra Deus e o anjo do Senhor veio e falou com eles face a face e eles choraram muito e chamaram aquele lugar de Boquim. É daí que vem a derivação para o Baca. Ele diz que bem-aventurado é aquele que passando pelo vale de Baca faz dele um manancial. 'Vale de Baca' era o vale de lágrimas, é o lugar aonde os chorões cresciam e crescem. Até hoje das imediações de Jerusalém, quando você chega no vale de Efraim, você ainda vê uma quantidade enorme de salgueiros e de chorões e também de árvores que derramam uma resina, daí o nome ter sido vale das lágrimas também, tanto por causa da ocorrência no livro de Juízes, como também por causa desse significado vegetal de um lugar aonde as plantas choram. O caminho para o templo passa por ali, que é também vale dos gigantes, vale de Efraim. E se diz: Bem-aventurado é homem que passando pelo vale de Baca, o vale árido, faz dele um manancial, de bençãos o cobre as primeiras chuvas. Mesma estrada, mas o caminho pode ser diferente. Estou dizendo isto porque eu fico chocado com o fato de que todos os dias eu ouço gente dizendo que é de Jesus e que está no caminho, mas você olha para vida do indivíduo... E isso não tem nada haver com ter, com possuir, com adquirir, com crescer do ponto de vista material. Tudo isso é 'bobajada' que vem sendo ensinada por nós e para nós nas ultimas décadas. Todo essas coisas tem o seu lugar mínimo e Jesus disse que se nós nos atrelarmos muito a elas, corremos o risco de perder a alma e o coração. Elas estão ao nosso serviço e não nós serviço delas, e muito menos tendo-as como bens do nosso ser. Fazer isso é caminho de destruição, mas eu fico vendo as pessoas dizendo: eu tenho Jesus, eu sou alguém que crê nele. Mas como alguém disse hoje de manhã na hora do almoço: mas a gente não vê os resultados, não aparece nenhum resultado. Andar no caminho tem que produzir resultado. Se eu não puder ser de Jesus e na hora de passar no vale árido, no vale de Baca, no vale de lágrimas, transforma-lo num manancial, que fé é essa que me anima? Que caminho é este? Se eu não puder enfrentar a dor, a perda, a lágrima, com um bálsamo da Graça de Deus. Se eu não puder ter dentro do coração: a visão, a imagem, a fé, a certeza, a esperança de que eu posso cavar poços no deserto, porque Deus na sua Graça vai enchê-los, vai chover sobre eles, a minha estrada vai ser sempre uma estrada de morte, de amargura, de frustração, de decepção, de perda, nunca será caminho de vida, jamais. 

6- A estrada vira caminho de vida também, quando eu levo em mim a consciência da mutualidade como mandamento da jornada. Ou seja, eu não estou andando só, eu preciso de você, e você de mim, é nessa troca que a gente vai. Subitamente o texto passa a ser plural no verso 7, e diz: "Vão indo de força em força, cada um deles aparece diante de Deus em Sião". É um ajudando o outro. Nesse caminho, infelizmente, o que a gente mais encontra é um passando a perna no outro, julgando o outro, medindo o outro, avaliando o outro, por isso que não é caminho, é só estrada. O que a gente precisa admitir é que a maioria de nós não está no caminho, a gente está na estrada da religião, e na estrada da religião é assim olho aberto. Conforme Jesus disse: símplices como as pombas e prudentes como as serpentes, porque tem fariseu na reta. Religião não te oferece um caminho, te oferece uma estrada e é bom você ser esperto. Agora nós estamos falando de caminho, e no caminho "um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte!" No caminho um levanta o outro. No caminho a gente não quer saber quem é o indivíduo caído, a gente só quer saber que ele está caído. No caminho o samaritano é o herói da história do amor fraternal. E ele não faz perguntas. No caminho não existe discussão religiosa, no caminho ninguém diz: "Você aceita Jesus antes de eu lhe fazer este bem?". No caminho ninguém diz: "Os assaltantes o assaltaram porque você não estava com o anjo do Senhor acampado ao seu redor". No caminho ninguém diz: "Olha se você fizesse a confissão positiva e dissesse: Eu declaro bandido, tu estás amarrado. Ele não teria te assaltado". No caminho a gente levanta, a gente se dobra, a gente cuida, a gente não faz perguntas, a gente carrega, a gente leva. No caminho não tem proselitismo, não tem prosa, não tem conversa fiada, tem ação, tem amor, tem misericórdia, tem graça, tem vida, tem gesto. A maioria de nós está na estrada da religião cristã, poucos de nós estamos andando no caminho de Jesus, e é só quando nos dermos conta disso que temos alguma chance de ser salvo da estrada, para poder, no chão da vida, ver o caminho mudar debaixo de nossos pés. Porque é o caminho da fé que chama o próprio caminho da vida à existência para nós. 

7- E ainda, a estrada vira caminho, quando a gente leva consigo a certeza, de que há o Deus de poder na nossa vida e de graça nesse caminho. Os versos 8 e 9 fazem essa evocação dessas duas realidades de Deus: Senhor Deus dos Exércitos, dos Exércitos, do poder, escuta minha oração, presta ouvidos, ó Deus de Jacó - do cara ambíguo, o Deus do 'vermezinho', o Deus do homem que tem luz e que tem sombras, o indivíduo que carrega todas as dualidades da vida. No caminho, eu sei que eu conto com essa assistência: há poder e há graça. Isso não é retórica, isso é fato. E bem-aventurado é aquele que crê nisso e toma posse disso. 

8- E a estrada seja ela qual for, vira caminho de vida, se eu ando com a consciência de que o que vale na vida não é quantidade, mas é qualidade. Eu achei tão bonitinho quando ele disse: "Passei aqui no concurso público e agora eu posso manter a mim mesmo". "Manter a mim mesmo!" Nós estamos tão empedernidos que a gente não consegue mais nem ter a sensibilidade de discernir a benção que significa manter a si mesmo. Comer o pão com dignidade, beber com dignidade. A gente acha que se for de Deus uma mansão nos aguarda no lago. Se você tiver aleluia! Convide os irmãos, me chame para ir lá eu vou com muita alegria. Mas pelo amor de Deus, não faça disso seu sonho de consumo. Paulo disse: "Tendo com que comer e beber, e vestir, e viver com dignidade, sejamos gratos". Bela essa singeleza: Deus me deu os meios de poder manter a mim mesmo. Essa gratidão muda todo o cenário no caminho. Quem não consegue olhar para vida com contentamento, jamais vai se contentar com coisa alguma na vida. "Eu aprendi a viver contente em toda e qualquer situação, tanto sei estar humilhado como ser honrado, tenho experiência de tudo, tanto de abundância quanto de escassez. Tudo posso Naquele que me fortalece". O que este cara está dizendo, é que tanto faz a cara da estrada, ele faz o caminho com contentamento no coração. O verso 10 nos diz isso: "Pois um dia nos teus átrios, vale mais do que mil". Qualidade vale mais do que quantidade. Prefiro estar a porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade. 

9- E por último, a estrada se transforma no bom caminho quando eu ando com a certeza de que Deus é a luz do meu caminho, é o escudo, é a proteção da minha jornada. E que Nele eu posso confiar sem duvidar, porque Ele não sonega sua graça a mim, nem a ninguém. E a provisão de Deus para mim é sempre: bem. Olha só os versos 11 e 12: "Porque o Senhor Deus é sol". Sol, o Senhor Deus é sol. Você vai andar nesse caminho seja qual for a estrada, pode ter certeza alguns vão dizer: não estou vendo nada. Mas se você estiver andando no caminho conforme aquele que faz o seu caminho pisando no chão da graça e da misericórdia, esse vai dizer: "O Senhor Deus é sol e escudo, o Senhor dá graça e glória, nenhum bem sonega aos que andam retamente. Ó Senhor dos Exércitos, feliz o homem que em Ti confia".


CONCLUSÃO

Eu falei tudo isso apenas para falar o que vou dizer agora, e se você não ouvir o que eu vou dizer agora, não interessa o quanto você ouviu do que eu disse antes. O que eu quero te dizer com o meu coração mais amigo, mais irmão, é que a maioria de nós, apenas existe na estrada da religião. Para maioria de nós, Jesus é o líder da religião cristã. Por isso a gente não devia nem ficar chateado quando ele é colocado naquela lista dos 100 mais. Eu vejo os crentes chateados: botaram Jesus na lista dos 100 mais, das 100 maiores personalidades da civilização humana. Eu digo: bem feito, vocês é que fizeram dele o líder do cristianismo. Então ele é colega de Maomé, de Buda, de Confúcio, de Zoroastro, de Kardec, ou de qualquer outro líder que apareça por aí. Esse é o Jesus da estrada, esse é o Jesus que a gente oferece num catecismo, que a gente dá num livrinho de discipulado. (Acho engraçado essa história de discipulado. O que que você está fazendo? "Discipulado". O que é isso? "Eu me reúno de segunda, quarta e sexta, com uma irmãzinha que abre aquele manual que o pastor escreveu, mal escrito. Na maioria das vezes, ele não sabe nem o que está acontecendo, ele copiou de algum americano, que é mestre em fazer receita. Porque os Estados Unidos foram os que desenvolveram essa fé de liquidificador, de manual eletrônico: quatros passos para salvação, doze para prosperidade, sete para pacificação, é tudo assim. É a fé da estrada. "Curva perigosa". "Chão derrapante". "Posto de gasolina a 30 km": é o congresso para qual o indivíduo vai. "Fast-food" é o culto. "Shopping a direita": são algumas igrejas que só vendem fetiche. Aí o cara fica pensando que isso é andar com Jesus. Discipulado... Onde é que se já viu discipulado ser 12 lições, 24, 320. Jesus disse "segue-me pela vida", gente. Discipulado é aprendendo, quebrando a cara, arrebentando dente, levantando, socorrendo o caído que não tem nome, sendo socorrido na hora que você não esperou que ia cair. É aprendendo...) O Caminho gera Verdade, e a Verdade acontece na Vida. Não é nenhum outro manual. O caminho de Jesus é na vida. Discípulos de Jesus são formados não em cursos, mas no curso da existência.

A maioria de nós ainda está na estrada da religião. O convite de Jesus é para você vir para o caminho da vida. E aí você vai descobrir que a estrada é mesma, que a vida é perversa, que a existência é absurda, que há todas as razões para ser nauseante e insuportável; que não há justiça mesmo, que as injustiças grassam, que o trabalhador pode sair para trabalhar e ser assaltado, o assaltante pode estar o tempo todo de olho simplesmente para ver a melhor hora de te tomar tudo. É o caminho dele, na estrada que é tua. O sacerdote pode passar e dizer: 'Esse aí já não tem mais o que dar, se ele estivesse pelo menos rico, eu iria ajudar para ver se ele dava uma oferta lá na sinagoga.' Aí vem o levita, "Eu sou discípulo do sacerdote", ele diz. "O sacerdote não fez nada, eu não vou fazer nada também, esse aqui não é o meu caminho". Ele pode até espiritualizar: "Não é a minha vocação". Está tudo tão esquizofrenizado, que o cara diz: "Não, o Senhor me chamou para interceder, eu vou andando pelo caminho, intercedendo por ele, que o Senhor mande alguém que cuide dele". Ai a gente fica achando, que nós somos os bons desta vida. E Deus ironicamente, Jesus de maneira irônica e caustica, elegeu para ser o herói do caminho, o anti-herói da nossa estrada. O samaritano, o herege, é o anti-herói da estrada da religião, e é o herói do caminho da vida. Hoje o que eu queria é que você fizesse uma decisão: se você quer continuar a ser um cara da estrada ou se você quer ser do caminho. Não há nenhuma promessa de que o mundo vai mudar, Jesus disse: "No mundo tereis aflições". A profecia está feita. "Mas tende bom ânimo, eu venci mundo".

O milagre é que a estrada pode ser a mesma, mas o caminho será diferente. Porque você vai chamar o caminho à existência, conforme você pisa no chão da vida. Acaba aqui também a lamúria, o queixume. "Ai meu Deus porque que a vida foi tão madrasta para mim, quanta injustiça que eu sofro, logo eu que sou essa mulher devota, e santificada, que me preservo para o Senhor e só encontro canalha".

Minha querida na estrada está cheio de canalha. Por que você não chama a existência o seu caminho, pisando de outra forma, olhando de outro modo, discernindo por outra perspectiva, entendo a si mesmo e aquilo que significa valor para você de outra forma? Hoje eu queria em nome do Senhor Jesus, convidar você a dizer: "Senhor, a estrada é comum para todos nós, ajuda-me a fazer o caminha da vida. E eu não quero ser um indivíduo da estrada religião que é física e é fixa. Eu quero caminhar no caminho da vida e da verdade em Jesus". Porque o caminho muda, conforme eu mudo no caminho, e o meu caminho vai mudar, conforme eu olho o caminho mudado. Bem-aventurado é o homem que passa vale árido e faz dele um manancial. Ele carrega no coração os caminhos aplanados. O caminho só muda do lado de fora, quando ele muda do lado de dentro. Não existe nenhum caminho do lado de fora que vai lhe ser bom, a menos que você carregue um bom caminho no coração.

Esqueça a Jesus como estrada doutrinária e fixa. Ande no caminho vivo, onde o que vale é o seu modo de caminhar. Como é que você tem caminhado? O que vale é o seu modo de caminhar. É só o que vale, meu querido, é o seu modo de caminhar.

A gente fica pensando que o que faz diferença é o QI. Nós somos muito bobos. Os seres mais maravilhosos que eu conheço chegam a ser quase estúpidos do ponto de vista do QI. São os Forrest Gump que estão por aí, que podem simplesmente dizer: olha, eu não sei muita coisa, mas eu sei o que é amar. O que importa é o seu modo de caminhar. A gente fica invejando o caminho dos perversos, dos malfeitores, fica com dor de cotovelo porque o cara é ladrão. "Ó Senhor porque Tu não me visita com a prosperidade do fulano". Você sabe quem é o fulano? Ele é o assaltante da estrada, meu amigo. Nessa estrada se você não tiver opção, se você não puder ser o bom Samaritano, peça a Deus para ser o roubado. Sério! Se você não puder ser o bom Samaritano, só não seja o bom Samaritano se você for o roubado. Porque ainda está em mil vezes melhor situação do que o sacerdote, o levita e o ladrão. Mas tem gente pedindo a Deus a benção de ser o ladrão. Quando eu fico vendo, de quem que as pessoas tem inveja, elas tem inveja do ladrão, do ladrão religioso, do ladrão político, do ladrão em vários lugares, em várias situações da vida. Ladrão existencial. Porque o modo do caminho que você ambiciona é o modo da morte. Tem gente que ambiciona o caminho do sacerdote, é aquele cara tão imponente. O sonho de consumo de alguns pastores é andarem cercados de 5 seguranças. "Olha que maravilha, tenho um carro blindado". Você pode imaginar um negócio desse, um homem de Deus que sonha em ter um carro blindado. O que eu já vi e ouvi de pastores dizendo assim: "O Senhor tem nos abençoado muito, a nossa igreja cresceu muito, cresceu tanto que inclusive eu tive que contratar 5 seguranças". O sonho dessa cara é ser o sacerdote. Que caminho é esse? Ou o do levita, o egoísta, só pensa na sobrevivência e na alto preservação, o negócio dele é: não me tocou tá bom, to nem aí, to nem aí, to nem aí.

Nessa estrada só tem dois caminhos de vida, ou do cara que quase foi morto porque estava andando no caminho da dignidade, ou do outro que não teve medo de ser morto porque estava andando no caminho da misericórdia. Isso muda tudo, altera tudo gente, você passar a olhar a vida assim. Teu pai não vai mudar, nem a tua mãe necessariamente, nem os vizinhos, nem a escola, nem o trabalho, mas você vai mudar, e o seu caminho vai mudar de maneira assustadora.

Eu passei por muita coisa difícil nos últimos 7 anos, eu podia ter ficado completamente amargo, ter adoecido, irrecuperavelmente triste. Mas eu encontrei os teus altares Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
Faz 3 meses que eu perdi um filho... amado! Estou morrendo de saudade dele... estou aqui com perfume dele... esse cheirinho aqui é dele... do perfume dele.
Mas a vida tá bonita!
Porque o caminho não é a estrada que faz, você é que faz. Na estrada pode acontecer tudo, mas tudo que aconteça não será nada, se não acontecer contigo, ou se você processar como vida, e não como morte.
O caminho de Deus é caminho de graça, de misericórdia, quem olha a vida com graça e com misericórdia, jamais ficará amargo. Sempre vai entender que por trás de qualquer tranco, tem bondade, tem um bem guardado, tem um tesouro oculto, tem no mínimo uma palavra que diz: "o que eu faço tu não sabes agora, compreendê-lo-ás depois".

Aí você começa a descobrir que seu coração vai melhorando, que a sua visão vai ficando mais clara, que o que tem valor salta, que o que não tem valor fenece. Aí você começa a descobrir que você não precisa de nada além de um ninho, e que esse ninho está em Deus. Suas inseguranças vão diminuindo, os lugares estranhos vão ficando diferentes. Até aquilo que você abomina, na hora que o caminho muda dentro de você, a estrada fica diferente fora de você. Até aquilo que antes lhe parecia completamente intolerável e insuportável, perde o significado de intolerabilidade. Quando o caminho mudou em ti e você pela fé pisou com atitude de gratidão e de contentamento no chão para ver que o caminho esta sendo feito pela gratidão e nem a estrada ruim resiste a chegada desse novo caminho. Agora isto acontece com Jesus enquanto a gente vive. Para que isso aconteça, você não pode ter medo de viver, você vai ter que viver! E viver pela fé, e viver desassombradamente e viver como quem contabiliza todas as coisas como lucro. Lucro. Tudo é lucro no caminho, meu querido.

Se você ouviu e entendeu, e se o Espírito Santo falou com você e você hoje diz para si mesmo: "Ó Deus, me perdoa! A vida está tão feia, porque meus olhos são feios. A estrada está tão maligna, porque meus olhos estão impregnados de treva. Mas, eu aprendi hoje que o importante não é a estrada, o importante é como eu caminho. Ajuda-me a caminhar no caminho da vida, da gratidão, do contentamento, da fé, da misericórdia, da graça, e não deixe que eu fique impressionado com nenhuma estrada. Por que o importante é o modo como a gente caminha".

Daqui a uns anos a gente vai olhar para trás, e o que vai ficar não é a inteligência, nem a burrice, não é a riqueza e nem a pobreza, não é afluência e nem a escassez; a única coisa que vai ficar é o modo como você caminhou. João Batista teve a sua cabeça cortada e oferecida num banquete num prato para satisfazer a volúpia provocada por uma dança. Aparentemente um trágico fim, mas o modo do caminho dele, fez Jesus dizer: "Em verdade vos digo que dos nascidos de mulher ninguém foi como João".

O que importa, meu querido, não é o que te façam; o que importa é o que você faz de você mesmo na presença de Deus. É o modo como você caminha. E se você hoje, recebeu o chamado do Espírito de Deus no fundo do seu ser, para não ficar mais impressionado com a estrada, vai fazer um compromisso de um caminhar diferente, pela fé, sabendo que o que importa é o modo do caminhar. E que se a gente caminha, conforme o caminho, cada passo chama a existência uma coisa nova e boa. Não importa qual seja a estrada, o caminho será de vida.

Se você ficou convencido disso e quer hoje, fazer a oração daqueles que pedem a Deus para desintoxicá-los da estrada, das exterioridades, da religião, das comparações, das invejas, das ambições malignas, das frustrações que projetam o tempo todo para nós alvos inalcançáveis, enquanto o individuo deixa de aproveitar o pão nosso de cada dia, e a alegria de hoje, e a celebração de Deus hoje. Sabendo que grande não foi Nabucodonozor, maior do que ele foi João Batista, que comia gafanhoto, bebia mel silvestre e vestia roupa de camelo.

Você tem que decidir se você quer uma estrada pavimentada, uma highway para os homens ou se você quer andar no caminho de Deus, onde a alma anda sempre rica não importa o que aconteça. Se você tomou essa decisão, isso vai revolucionar sua vida, vai mexer com toda sua existência. Se você olhar assim, apreciar assim, contemplar assim e souber que a vida vai em cada passo, está no modo, está no "como" da caminhada, aí bem-aventurado você será!


Caio Fábio

Acesse www.caiofabio.com:
Um portal virtual... Um Caminho real!