Antes que Abraão existisse, Eu Sou!
11 de janeiro de 2012
Postado por Unknown
O
CRISTO ANTES DO JESUS HISTÓRICO!
Quando Jesus disse: “Abraão viu os meus dias e regozijou-se” — o que imediatamente se
pensa é em uma visão de natureza profética, completamente subjetiva, dada a
Abraão.
Já quando Jesus diz: “Antes que Abraão existisse, eu sou” — se imagina apenas a afirmação
da pré-existência divina de Jesus em relação a Abraão.
Ficamos, todavia, em razão das amarras
teológicas sem mística e sem a simplicidade apresentada na Bíblia,
impossibilitados de simplesmente aceitarmos o que sobejamente se diz nas
Escrituras; ou seja: que nelas não apenas há o que a respeito de Jesus constava
como profecia, mas, também, como manifestação do Cristo anterior ao Jesus da
História; o qual, fartamente, se manifestou aos homens; e que, no ambiente das
Escrituras bíblicas do chamado Velho Testamento, faz inúmeras inserções
soberanas de Si mesmo antes da Encarnação de Deus em Jesus.
Todas as vezes que aparece o Anjo do Senhor — esse ente Santo,
supra-angelical, que evoca para Si mesmo prerrogativas divinas e que aceita
adoração humana —, se está falando do Cristo
antes de Jesus.
Ora, esse Anjo
do Senhor pervade as paginas das narrativas bíblicas sem pudor ou salvo
resguardo algum. Na existência histórica de Abraão, por exemplo, Ele aparece
sem pedir salvo conduto. Simplesmente chega, é visto, é adorado, é tratado como
Deus; e como Deus/Senhor fala sem qualquer reserva.
No restante da história de Israel o mesmo
acontece em diversas ocasiões, embora não seja meu objetivo discorrer sobre
tais ocasiões aqui. O que me interessa, no entanto, é esse Cristo antes de Jesus na História humana.
A Teologia
mais crente vai bem até aí em relação ao que estou afirmando, mas impõe
limites; e, os tais limites são o pacto de Deus com Israel; ou seja: Cristo
teria se manifestado antes de Jesus, mas apenas na História de Israel; sendo
Israel, portanto, uma fronteira para Deus em Cristo antes de Jesus.
Eu, todavia, como creio na Liberdade Absoluta
de Deus, e não o vejo preso nem a Israel e nem a Abraão; posto que aquele
Melquizedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, que aparece do nada a Abraão, e que é interpretado pelo escritor dos salmos e do
da carta aos Hebreus como sendo claramente uma figura Crística, não aparenta
carregar umbilicalidades de nenhuma natureza com Abraão ou com qualquer outro.
Na realidade o Anjo do Senhor, o Cristo
antes de Jesus, sempre se manifestou aos humanos; de tal modo que nem mesmo no mundo inteiro — como diria
João — caberiam as narrativas de tais acontecimentos.
De fato, o amor de Deus pelo mundo não tem
nenhuma fronteira em Israel; não teve nem mesmo nos dias do Jesus Histórico; e,
portanto, não teria no Cristo antes de
Jesus.
Este mundo de humanos tem sido objeto da
revelação do Cristo Eterno desde sempre; e nunca deixou e nem jamais deixará de
ser.
Jesus é a manifestação encarnada Dele entre
nós; é o testemunho explicito Dele a ser dado a todos os homens; mas não é o
limite da Sua manifestação livre; afinal trata-se do Cristo antes de Jesus; mas
Jesus é o Cristo; sendo por isto Jesus Cristo; não uma emanação budista de um
dos Budas; mas o único Cristo de Deus, o único Cordeiro de Deus; o mesmo que
também foi imolado antes de haver História; ou, como afirmam as Escrituras,
antes dos tempos eternos, ou antes da fundação do mundo; ou, como diz Miqueias:
“desde os dias da eternidade”.
Sua única manifestação Crística encarnada,
todavia — com nascimento, morte e ressurreição —, aconteceu em Jesus, e em
Jesus somente.
Porém, Sua manifestação na História é aquela
que nunca faltou em nenhuma fase da História Humana, bem como em nenhuma
manifestação do que quer que seja sequencia de existência de qualquer mundo,
criação ou dimensão cósmica ou multi-cósmica.
Ele não é apenas “o Cristo de todos os
caminhos”, mas também o Cristo de todos os mundos, camadas de existência ou
dimensões!
O que na Bíblia se chama de “Ordem de Melquizedeque”,
é apenas uma designação para determinar o Cristo Eternamente Deus/Livre de toda
circunstancia humana, racial, étnica, histórica, social ou religiosa — além de
claramente colocá-Lo no plano das multidimensionalidades em Suas revelações
graciosas, soberanas e salvadoras.
Abraão viu
os Seus dias e regozijou-se!... E
pergunto: E quantos mais também não o
viram ou o têm visto e se regozijado?
O Cristo a nós revelado é obvio em todas as
camadas de existência da Criação em todas as suas dimensões! — provavelmente
exceto para nós!
Ele é o Senhor, o Salvador e o Deus de toda
Criação; e é triste que a Religião pretenda Dele fazer um deus seitificado,
religiogizado, não apenas manifestado na História, mas preso aos acontecimentos
da cronologia de dois mil anos atrás; em cuja ocasião Ele se deu a conhecer na
linearidade do tempo/espaço, como a revelação do Mistério antes a nós oculto;
mas já agora revelado de modo não sequencial a muitos, se não, a todas as
formas de criatura e criação.
Esse
Anjo/Cristo/Deus que se encarnou em Jesus, é o Deus de todos, mesmo antes do
menino Jesus torná-Lo um fenômeno de fraqueza em morte no tempo/espaço.
Em Jesus o Cristo entra na História da
mortalidade e dos limites absolutos; na História da Tentação; na História da
Morte; na História da Ressurreição; na História da Humilhação e da Gloria como
vitória sobre a dor, a fraqueza, o sofrimento experiencial e o andar em carne
de mortalidade.
Ele, porém, nunca negou Quem fosse; e disse
aos que tinham em Abraão a suprema referencia do seu parentesco com Deus em fé:
“Antes que Abraão existisse, Eu Sou!”.
Nele, que é de fato Deus e Senhor de tudo e de
todos,
Caio
10 de janeiro de 2012
Copacabana
RJ
Dia
em que meu filho Lukas estaria fazendo 30 anos nesta dimensão chamada História.
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 11 de janeiro de 2012 às 10:05 e está arquivado em caio fábio,Cristo,espiritualidade. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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12 de janeiro de 2012 às 13:04
Que maravilha ser despido da ignorância religiosa, e ser revestido do conhecimento do Evangelho, e você Caio está me ajudando muito com suas mensagens e textos; estou orando para que Deus me ensine seu Evangelho, pois passei muito tempo na religiosidade cristã, pois eu era cego, mas agora vejo...
Desejo muito conhecer a Cristo, o Evangelho de Deus, oro pedindo a iluminação em meio à densa nuvem de religiosidade que impede muitos de progredirem no caminho da graça. Muito obrigado
12 de janeiro de 2012 às 18:14
Eu preciso dessa luz , eu preciso entender , tenho tambem pedido ao Espirito Santo que ilumine o meu entendimento, só o Espirito vivifica,Deus te abençoe!!!!
12 de janeiro de 2012 às 21:03
Caio, a GRAÇA que visitou Abrão dentro da história, nesta terra e que, chamando-o, fez dele um peregrino esperançoso, cheio da promessa e do juramento do Senhor para com sua descendência e mais adiante no caminho trocando-lhe o nome por Abraão, foi a mesma GRAÇA manifestada a nós hoje em Cristo. A promessa é nossa herança e o juramento nossa garantia para caminhar seguros. Só isso basta porque isso é GRAÇA. Isso é tudo! E hoje é um tudo maior pois muitas das promessas que Abraão saudou de longe ao vislumbrar o futuro, nós saudamos de perto ao contemplar o passado. Quão Soberano é esse Cristo antes do Jesus Histórico!
Se um juramento feito por homens põe fim a toda a discussão, o que não fará meu irmão o juramento da parte de Deus quando acolhido e enternurado em um coração de carne, bem dentro no trono do peito?
Talvez começe por revelar nossa cegueira e a partir disso, ainda com a ardência do colírio, nos enfraqueça até o pó para que nada possamos contra a VERDADE.
Caio, tens sido uma inspiração no caminho. Deus te conserve irmão!