Glossário - Pra aqueles que desejam falar a mesma língua no espírito do Evangelho
12 de agosto de 2013
Postado por Marcello Cunha
Aqui segue um glossário de termos
presentes tanto no site como nos livros. Creio que a leitura dele é autoexplicativa
e pode facilitar o processo de comunicação no que tange à terminologia.
» Igreja
(com I maiúsculo) corresponde ao que Jesus e o Novo Testamento definem como
Igreja: a Assembleia dos que foram chamados à fé, ou seja, o encontro com Deus e
uns com os outros em torno do nome de Jesus
– o que faz de todo Encontro Humano,
em fé,
um Encontro-Igreja no qual Jesus promete estar presente, mesmo que sejam apenas dois ou três re-unidos1 por se saberem a ele unidos!
um Encontro-Igreja no qual Jesus promete estar presente, mesmo que sejam apenas dois ou três re-unidos1 por se saberem a ele unidos!
» “Igreja” (entre aspas) refere-se às representações
institucionais do fenômeno histórico, social, econômico, político e culturalmente
autodefinido como “igreja” – e que tem uma hierarquia (clero), sigla
(denominação), geografia fixa (prédio) e membros-
-sócios. Ou seja, Igreja encontramos
no caminho. “Igreja”, vamos ao encontro dela ou a identificamos pela placa!
» Cristianismo
é a expressão histórica da religião que confessa Jesus como Filho de Deus, mas
cujo processo de institucionalização trabalha com mais frequência contra os
interesses do Reino de Deus que no sentido indicado pelo Evangelho.
» Catolicismo
é um derivado do Cristianismo que se vê como o “Reino Estatal de Deus na Terra”
– tudo entre aspas.
» Protestantismo
é o movimento histórico-cristão que quase conseguiu... Mas perdeu o pró-testo,
que é sempre algo pró-teste! Assim, virou apenas uma Re-Forma!
» Evangélico
é o ente que crê no evangelho e que crê na salvação em Jesus, conforme a
graça revelada em Cristo. Por exemplo, o apóstolo Paulo era um genuíno evangélico!
» “Evangélico”
(entre aspas) é o ente que tem sua fé em Jesus mediada pela “Igreja Evangélica”,
que é a autodefinição coletiva dos cristãos que nem sempre confiam uns nos outros
ou gostam uns dos outros. Apesar disso, só se enxergam coletivamente sob esse
guarda-chuva, furado de baixo para cima pelas pontas afiadas dos guarda-chuvas menores
que cada um usa para garantir sua própria proteção enquanto aniquila o que
confessa como devoção: o evangelho!
» Cristão
(historicamente) é um ser no limbo, vivendo entre a lei e a graça; sofrendo
entre o medo de Deus e o amor irresistível que por ele sente.
» Discípulo
de Jesus é o ser que, apesar de se reconhecer relativo, se sabe – pela fé na
graça de Deus que gera o dom da fé – como alguém que é irreversivelmente de Jesus,
e que aprendeu que o caminho acontece na companhia de irmãos que sempre sujam os
pés na jor- nada. Por isso lavam os pés uns dos outros em nudez, crendo que
quem já está limpo pela Palavra de Cristo não necessita lavar senão
somente os pés.
» Liberdade
é a capacitação na graça e na verdade de poder escolher-se-deixar-levar
pelo Espírito, que rea- liza o Bem de Deus no ser humano, conduzindo-o no
caminho estreito que acontece em fé – entre os polos da lei e da libertinagem –,
na vereda do que é bom, faz bem, é justo e se chama vida conforme Jesus.
» Pecado
é... Sou. Cada um deveria saber o que é peca- do. De fato, cada um sabe,
especialmente se não for instruído moralmente a respeito. Somente os instruí-
dos pela Moral é que têm pecados listados. Os da fé seguem a justiça do evangelho
na consciência, por isso sabem que são pecado. Sabem e não ficam neuróticos.
Afinal, aquele que não teve pecado, Deus o fez pecado por nós. Quem
olha para o coração sabe a diferença.
» Graça
é toda manifestação do amor criador-redentor de Deus – e que se expressou
supremamente no Es- cândalo da Cruz – e que sempre é favor imerecido, incluindo
a criação de todos os seres.
Paulo fala em Igreja mais que qualquer
outro dos após- tolos. Para ele, no entanto, a igreja tem dois tratamentos:
1. A igreja como ente espiritual
que existe aos olhos de Deus como a Universal Comunhão dos Santos. É a igreja
como verdade e como proposta.
2. A igreja instituída como organismo,
não como uma empresa com uma missão de conquista. Nesse aspecto, Paulo não fala
em corpo, membros e dons. Para Paulo, alguém era membro da igreja não quando se
filiava, mas pela sua própria inserção em graça na comunhão do corpo de Cristo e
sua mutualidade.
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 12 de agosto de 2013 às 19:37 e está arquivado em Evangelho,glossário,interpretação,língua,significado. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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