O CRISTIANISMO COMO GNOSTICISMO DE DOUTRINA E INFORMAÇÃO!
16 de agosto de 2013
Postado por Marcello Cunha
Nunca consegui entender que
sentimento era aquele que fazia os homens declararem que outros humanos estavam
no inferno porque não são da sua religião ou da sua cultura, ou mesmo por nunca
terem ouvido uma dada informação gnosticamente salvadora.
E quando você vê uma certa
alegria vitoriosa na cara da criatura que faz a condenação?...
Provavelmente trate-se da mais
profunda expressão de sadismo, da mais horrenda forma de ânsia de poder, da
mais desumana manifestação de arrogância, e da mais satânica de todas as
afirmações auto-glorificantes!
Dizer que alguém foi para o
inferno porque
não conheceu uma certa informação ou doutrinação é a maior expressão do mais DOGMÁTICO GNOSTICISMO!
não conheceu uma certa informação ou doutrinação é a maior expressão do mais DOGMÁTICO GNOSTICISMO!
Sim, é salvação pela
iluminação de certo conhecimento objetivo, com nome, endereço, geografia,
histórica, moral, cívica, e um bocado de outras coisas! ...
Então alguém diz: Mas é pela
fé! Não pelo Conhecimento!
Claro que é! Mas se a fé tem
que ser produzida por uma Informação histórica, então essa fé é apenas
conhecimento, ou seja, gnosis; e, portanto, sendo doutrina que ilumina, é
gnosticismo, e não fé.
A fé precede a Informação,
embora a fé venha pelo ouvir; e o ouvir a Palavra de Deus!
E como pode ser então?
Ora, a Palavra de Deus não é
uma Informação apenas. Informação ela até pode ser, e é também, mas numa escala
infinitamente inferior ao que ela é de fato. Sim, pois a Palavra de Deus é
Deus, é Pessoa, é Amor, é tudo o que Deus é.
Assim como tudo o que existe,
existe da e pela Palavra, do mesmo modo tudo o mais é Palavra de Deus, e
somente Deus pode dizer o que não é Palavra Dele.
Eu vejo a Palavra muito mais
do que a ouço. Sim, pois ela sempre é mais encarnação do que explanação.
Foi tendo essa noção de Palavra
que Paulo usou o Salmo 19 em Romanos 10 ao fazer a Natureza/Criação [salmo 19]
proclamar a Palavra de Deus salvadora até aos confins do mundo. De tal modo que
até os sem informação não ficariam sem noção.
Ora, quem tem a informação tem
que confessar a fé com a boca, crendo no coração, conforme Paulo declarou. Mas
quem tem a Palavra sem a informação, esse manifesta a sua fé pelas suas obras,
posto que ele não tenha a informação que o faça dar explicação à força de suas
certezas imponderáveis e inexplicáveis. Então, por suas obras e prudências e manifestações
de amor, ele declara a sua fé, conforme Tiago declarou.
Jesus deixou claro em Lucas
13, Mateus 7 e 25, por exemplo, que os que recebem a informação e o ensino, mas
que existem apenas da crença acerca de que ensino e informação são as garantias
-- ficariam de fora.
Em Mateus 25 Ele diz que foram
os que não dispunham de qualquer simbolização "de Jesus", que fizeram
o bem sem saber ou o associarem a Ele, esses eram os que seriam os benditos,
pois Ele disse: "A mim o fizeste". Não que não haja muitos e muitos
benditos que saibam da informação, e, por isto, sinceramente, façam o bem
segundo o Evangelho como o mais consciente de todos os privilégios.
Todavia, o que se pode dizer é
que tanto nas Parábolas, quanto também na Escatologia de Jesus, quem mais corre
perigo é quem diz ter a Informação, a Gnosis salvadora como doutrina, a certeza
de serem "os filhos do reino".
É impossível ler-se com
honestidade humana os quatro evangelhos, observando os modos de Jesus, os
tratos de Jesus, e os Seus ensinos, todos coerentes com Seus modos, jeitos e
tratos humanos, e não admitir que digo a verdade.
Ora, chegamos de onde
partimos: O que pode gerar tamanha maldade humana tão perceptível no prazer mórbido
confesso na sentença ao inferno para o próximo diferente de nós?
O pecado de satanás foi de
natureza soberba, gnóstica e narcisística. O poder como conhecimento superior
ou qualquer coisa superior, produz tudo o que em satanás o fez tornar-se diabo.
Ora, por isto o conhecimento,
a gnosis da fé em Jesus, não é uma Informação primariamente, mas uma formação,
uma boa terra que antecede a semente/informação.
O conhecimento salvador
decorre da experiência com o amor de Deus expresso como fruto de amor, alegria,
paz, bondade, benignidade, longanimidade, mansidão e auto-controle; coisas
essas contra as quais não Lei e, digo a você, nem Doutrina alguma.
Um dia ou naquele Dia você me
entenderá!
Nele, com toda a eternidade
como testemunho no amor,
Caio
15/08/2013
Copa.
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 16 de agosto de 2013 às 11:57. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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