A boa notícia é a manchete de hoje!
19 de agosto de 2013
Postado por Marcello Cunha
Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração.
Carta aos Hebreus 4:7
O Evangelho é a Boa Notícia do
Reino de Deus. O Evangelho é a certeza de que Deus se reconciliou com o mundo,
em Cristo, e que agora os homens podem se desamedrontar, pois foi destruído
aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo; bem como foram libertos aqueles
que estavam sujeitos à escravidão do medo da morte por toda a vida, conforme
esclarece o autor da carta aos cristãos hebreus, no capítulo 2:14-15.
Já o “evangelho” que nada realiza
hoje e transfere tudo para o céu, para o porvir,
é como o espiritismo kardecista, que transfere para o passado as causas das
fraquezas de hoje ou os infortúnios e limitações desta vida. No espiritismo, tudo
é baseado no passado. Em um passado que se teria vivido, mesmo que dele não se
tenha nenhuma memória.
E o “evangelho” sem vida e sem
Boa Nova para Hoje alimenta sua existência nas recompensas do céu em contraposição
às desgraças desta vida, produzindo não espe- rança, mas conformismo e alienação.
Ora, conquanto o Evangelho carregue a promessa da Glória Eterna – como já foi explanado
introdutoriamente –, que é a razão de nossa esperança, se, contudo, tal Evangelho
não fizer bem à vida Hoje, ele não é nada, e muito menos a Boa Nova.
No kardecismo, a esperança de
hoje é buscar existir num estado de caridade humana e de busca de conhecimentos acerca dos modos de se promover o “desenvolvimento espiritual”. Já no “evangelho”
sem Boa Nova para Hoje, o que se diz é que a garantia de salvação é a fidelidade à frequência à “igreja” – isso se a pessoa “se segurar” e não fizer nada “muito
errado”, pois se fizer, ainda que Deus o perdoe, os discípulos do “evangelho”
sem Boa Nova haverão de se tornar o próprio cumprimento da Lei do Carma, pois
não perdoam ninguém que, depois de “iniciado”, erre de modo verificável.
Assim, nesse caso, não se paga
por erros de uma existência passada, mas de qualquer que seja o passado da presente
existência – isso se a pessoa cometer o erro depois do “batismo”, ou seja, depois
de ser “membro da igreja”.
O Evangelho de Jesus não é
apenas o benefício da consolação ante a morte! Não! Se o Evangelho entrar na
pessoa, mesmo o Paraíso fica menos importante do que ouvir Jesus dizer: Hoje
mesmo estarás comigo... Isso porque, de fato, não há Paraíso sem Jesus, mas
onde Jesus está, aí há Paraíso. Daí o Paraíso importar muito menos do que a relação
com ele.
Assim, o Evangelho não é para o
céu, mas para a Terra. Quem precisa de Boa Nova no céu? Lá tudo isto já não é.
Lá é o cumprimento absoluto e pleno de todas as promessas presentes também na
Boa Nova.
Mas a grande Boa Nova do Evangelho
não é o “céu”, mas sim o perdão, a reconciliação, o descanso e a paz, usufruindo
plenamente sua Presença na eternidade que já é.
Caio
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