A fé em Jesus é a fé no Amor.
11 de setembro de 2013
Postado por Marcello Cunha
A vida cheia de Graça.
Nisto conhecemos o Amor: que
Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.
Primeira Carta de João 3:16
A Graça, todavia, não é apenas
algo para se crer, mas, sobretudo, algo para se viver. Assim, não apenas somos
salvos pela Graça, mas também para uma vida de Graça, que se manifesta como uma
existência na qual a consciência do perdão gera um espírito de misericórdia em
relação ao próximo. E isso tudo fundado numa percepção apenas: aqueles que
receberam Graça, esses são filhos dela, e praticam-na como amor e misericórdia.
Veja a Parábola do Credor
Incompassivo, descrita no Evangelho segundo Mateus 18, e você vai perceber como
a base de tudo é uma só: como fui perdoado de Graça, devo também em Graça
perdoar, pois o Espírito da Graça me leva a fazê-lo.
Não somos salvos pelas obras,
para que ninguém se glorie, mas somos salvos para boas obras, e isso para a
glória de Deus. Desse modo, a Graça gera uma vida cheia de obras que nada mais
são do que frutos naturais dela mesma. A Graça é a semente e as obras são o
fruto; e esse fruto é Amor; do qual todas as demais virtudes derivam.
Daí, podemos afirmar que a fé
em Jesus é a fé no amor.
Amor de Deus por nós. Fé na possibilidade do amor de nós pelos outros. E fé que vem da certeza que nos é dada por Jesus, a Palavra Encarnada, de que o amor vence até mesmo a morte, e gera ressurreição de mortos.
Amor de Deus por nós. Fé na possibilidade do amor de nós pelos outros. E fé que vem da certeza que nos é dada por Jesus, a Palavra Encarnada, de que o amor vence até mesmo a morte, e gera ressurreição de mortos.
A Bíblia fala de muitos
chamados “atributos” divinos. Ela diz: Teu Deus é Deus de Justiça. Ou então: Ó
Israel, teu Deus é Santo. Ou ainda: Teu Deus é Misericordioso. No entanto, em
todas essas “definições” fica claro que em Deus há também aquele “atributo”,
em- bora tal atributo não confine o ser de Deus. Todavia, somente em João, já
nas suas correspondências finais, se diz: Deus é amor.
Desse modo, caminhando do
complexo para o simples, João chegou àquela uma só coisa que Jesus disse que é
a “equação” de um só elemento essencial à vida: Amor. Por isso, quem ensina
o Amor de Deus ensina tudo; afinal, Jesus disse que o resto é conversa para
erguer os meninos, em sua dureza de coração e sua trágica vocação suicida,
incapazes de escolher o caminho excelente, que é amor.
Tal entendimento, sobre nós
derramado, só se mantém se esse Entendimento for praticado, visto que é somente
pela prática que as coisas se enraízam em nós, que somos caídos e destreinados
para o bem.
Nada nos põe neste caminho do
amor se a pessoa não receber:
1. Uma revelação da Graça no
coração, e a acolher para si, dando razão a Deus, admitindo que dela necessita.
Isso pode acontecer de modo tranquilo, via reflexão espiritual.
2. Ou, então, possivelmente
levar uma grande “cacetada” da vida como disciplina, tendo, assim, de conhecer
o perdão sem autojustificação ou justiça própria. Então, o indivíduo, caso não
se endureça, aprenderá o significado do Dogma do Amor; e isso porque terá de
prová-lo como perdão de Deus para a sua vida.
Depois disso, a fim de não se
tornar um “Credor Incompassivo”, terá, ele mesmo, de aprender a perdoar o
próximo e a jamais buscar maquinar nada contra ele; visto que é no exercício do
perdão que o amor se faz exercitar no coração humano. Do contrário, para esses
que nunca conheceram o amor de Deus e nunca acharam que “precisaram” de Graça
(pobres coitados!), a não-experiência da Graça será morte-em-vida; sim, uma
existência de zumbis comportamentais da religião, da moral ou da libertinagem.
Assim, seja mediante a
revelação/descoberta que ilumina o entendimento ou pela via do “tranco”, da
correção e da santa disciplina de um Deus de Amor, que faz intervenções na
nossa história pessoal, a única realidade que nos pode salvar de nos tornarmos
estátuas falantes é a rendição à Graça, o que é sinônimo de rendição ao amor de
Deus.
Muitos me escrevem buscando
soluções para suas dificuldades de amor e conciliação. Eu, porém, sou apenas
mais um irmão andando e aprendendo, no caminho, o que seja o Caminho sobremodo
excelente do amor. Assim, não é um especialista quem fala, mas apenas um homem
que também quer ser maduro em seu amor.
Aliás, quem acha que já é
maduro no amor? Ora, este tal está morrendo e não sabe, visto que o amor jamais
acaba também no que tem a nos ensinar!
Caio.
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 11 de setembro de 2013 às 12:15 e está arquivado em amadurecimento,amor,Caminho,fé,Graça. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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