Quando foi que nos transformamos neste bando de bostas (bundões)...?
27 de janeiro de 2011
Postado por Unknown
Psicologia 1959 x 2010
Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.
Ano 2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com trastornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.
Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no trazeiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
Ano 2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.
Ano 2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...
Cenário 4: Disciplina escolar
Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.
Ano 2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo . Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
Ano 2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.
Cenário 6: Fim das férias.
Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
Ano 2010: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborréia...
Pergunto eu ...
QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...?
Copiei do PavaBlog
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 27 de janeiro de 2011 às 09:27 e está arquivado em psicologia. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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27 de janeiro de 2011 às 10:02
Pois é! Há quem diga que tudo começou com a revolução sexual dos anos 1960... Há quem diga, porém, que o gatilho foi o Maio de 1968 na Europa... Há também os que dizem que foi culpa da Marta Suplicy (quando trabalhava no TV Mulher)... Ou que a culpa é da Globo, da Xuxa... ou será que foi dos EUA? Não... ao que tudo indica, a culpa mesmo foi da Psicanálise, portanto tudo remonta ao final do século XIX... Mas, e se o "buraco for mais embaixo"? Na verdade, o problema deve ser é da Psicologia? Então, respondemos ao "quando?" lembrando dos inícios da Psicologia como ciência e como profissão.
Porém, no meu entender, nada disso - sozinho - tem culpa ou é origem da nossa decadência em tão pouco tempo (é impressionante como ano a ano a tendência a essas atitudes autodestrutivas aumenta... exponencialmente!). Psicologia, Psicanálise, Revolução sexual, Maio de 1968, Rede Globo, Marta Suplicy, Xuxa, Lula, BBB, Tiririca e todo o lixo cultural - para dizer pouco desses elementos - da "pós-modernidade", ou melhor, desse simulacro de "pós-modernidade" que vivemos na República da Banana é causa e consequência de uma só coisa: da doença mais grave que acomete o homem de hoje, qual seja: a negação do eu como relação com o Infinito. Culturalmente, isso se estabeleceu nas raízes da civilização ocidental com o Iluminismo... Mas sabemos que a tendência à queda remonta aos nossos pais primitivos. Ao longo de séculos, o homem aprendeu, todavia, a não fazer da queda original a determinação da vida... aprendeu a que custo? Do abraço do Mistério encarnado... pura graça!
Agora, tendo fechado para si mesmo o caminho, anestesiado, imbecilizado pela cultura da pertença ao Estado, idiotizado pelo paternalismo do Estado, emburrecido pela máxima da "Ignorância é poder", só resta uma solução: reconstruir o eu na relação com o Mistério! E quanto sacrifício há de ser feito para isso... porque o primeiro passo já foi dado - por Ele -, resta-nos rasgar o orgulho! É um caminho de educação (educere), é um caminho de ascese, é um caminho de trabalho pessoal... de seguimento... Seja como for, é um caminho que exige o compromisso do próprio eu.
27 de janeiro de 2011 às 10:27
Caraca.. em que mundo vc vive??
Tu ta bom pra virar diretor de filme.. traçando esse cenarios tao mirabolantes!!
pfff
Acho q quem eh o bosta aqui é vc!
27 de janeiro de 2011 às 10:59
Paulo, meu irmão... concordo contigo! A coisa é por aí sim: é o SI MESMO se rendendo todo dia ao EU VERDADEIRO feito em Cristo pela pura GRAÇA! Só assim o "ego doente" de morte vai sendo transformado... O quadro que vc bem descreveu é o deste SI MESMO adoecido, iludido, egocentrico, cheio de vaidades e presunções, justiças próprias...
E ELE nos chama para negarmos o "si mesmo" e construirmos o eu real pelo levar da Cruz...
Portanto...
"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai."
Este é o mistério de Deus, a suprema loucura...
Bjo,
Chico
27 de janeiro de 2011 às 23:25
Eu sou a professora que se suicida...
28 de janeiro de 2011 às 10:49
Verdade!Meu filho "pegou" um real lhe dei um corretivo.Estou fazendo acompanhamento com o conselho tutelar!Amanhã quando ele assaltar um banco(que o senhor me livre),dirão que nao teve referência paterna!
29 de janeiro de 2011 às 14:53
Ótimo texto. Pena que nem todos tenham tino para entender. Foi o caso do "Tutabom" (ou seria "Bomtatu"?) que postou um comentário de baixo teor analítico! Ele passaria por sábio se dissesse que não entendeu nada! Uma lástima seu comentário.Mas, quanto ao texto, foi de alta qualidade e que nos induz a uma 'alta reflexão' (alta com "L" mesmo)para os descaminhos e encruzilhadas da vida (que o sr. "Tutabom" não me confunda com o Exu das encruzilhadas!)que, às vezes, nos deixam num verdadeiro dilema: 'Que caminho seguir?' Onde me levará? Como e quando vou chegar? Se é que hei de chegar....
Parabéns!