Que tipo de peixe é você nesse arrastão da igreja?
5 de fevereiro de 2012
Postado por Unknown
AS
AMBIGUIDADES HISTÓRICAS DO REINO, MAS NEM TANTO...
LEIA: Mateus 13 e 14.
Jesus disse que “o reino dos céus”, que
equivale a encontrar o significado sublime de Deus na existencialidade da vida,
acontece de modo diferente para pessoas distintas.
Para uns é como um homem que tropeça num tesouro oculto num campo. Não buscava
nada e achou tudo. Não tinha coisa alguma em mente, não sofria de nenhuma
expectativa, não era um “Explorer” de coisa nenhuma; era apenas um ser em
movimento na existência; e, sem querer, tropeçou
na Graça, no tesouro, no sentido supremo; e entendeu o que achou; e,
portanto, saiu dali, vendeu tudo o que tinha a fim de comprar o campo no qual o
tesouro de Graça se fazia disponível; embora o “campo” no qual ele fora
encontrado tivesse o seu preço.
Para outros, tal encontro com o sublime,
acontece depois de muita busca e procura. É assim como um homem que procurava e almejava por pedras de valor, por gemas
preciosas, e, tendo encontrado alguma coisa [...], todavia sabia que poderia ainda
haver algo mais precioso a ser encontrado; por isto, não cessava sua busca do
encontro com o significado do valor superior.
Jesus também disse que há aqueles que são “pescados” por ações humanas; sim,
como “peixes” alcançados por um arrastão, por uma malhadeira, por uma tarrafa
lançada ao mar de modo indiscriminado,
a qual, quando volta às mãos dos seus lançadores, vem carregada de “peixes bons e de peixes maus”, os quais
são separados uns dos outros; sendo que, no “reino dos céus”, tal “separação”
somente acontece por intervenção divina, e nunca por ação humana, conforme
Jesus ensinou na “Parábola do Joio e do Trigo”.
Assim, uns não buscavam nada, porém, na sua inconsciência,
acharam Tudo o que não procuravam; e tiveram o discernimento de que o “achado”
valia vender tudo, abrir mão de qualquer coisa, a fim de que se apoderassem de Graça
do que foi achado num ambiente que tem seu preço, como um campo no qual um
grande tesouro desconhecido possa ser encontrado.
Já para outros se tratava de uma busca consciente
de significado, de sentido e de sublimidade; ou seja: de real transcendência. É
algo semelhante ao que ocorre com aqueles que têm sede consciente do sublime,
e, por causa disso, entram por todas as portas, exploram todas as grutas,
visitam todas as minas, empreendem todas as jornadas do saber, da filosofia, da
psicologia, da religião ou da existencialidade; realidade essa que os põe em
contato com “pequenas sabedorias”, mas sem lhes atender àquilo que no fundo do
coração eles, como numa obsessão [...], creiam que existe e que ainda está por
ser descoberto. Até que chega o Dia; e, em tal Dia, ao acharem o que não sabiam
o que era [...], mas sabiam que em sendo encontrado nada haveria para ser
comparado Àquilo [...], faz com que saiam e se desfaçam de tudo o mais que
antes tivera seu valor relativo, em face do “achado Absoluto” que agora lhes
chegou à vista e ao coração como “dado” incomparável. Então cessam as buscas.
Afinal, encontrou-se o que tem valor Sublime.
Outros, todavia, são o resultado — na sua
“chegada ao reino dos céus” como fenômeno existencial — de uma “pescaria”; sim,
são semelhantes aos que foram alcançados numa tarrafada. E, nesse caso, pela
ação humana da qual foram trazidos [...], juntamente chegam peixes/pessoas de
todos os tipos, em face da ação indiscriminada da pescaria por arrastão; o que,
certamente, ilustra muito bem a ação humana da igreja no seu modus operandi de
evangelização ou de pescaria humana no mar da existência.
Desse modo, está claro que no caso dos que
acharam o “reino dos céus” em meio ao seu andar distraído, o resultado é sempre
positivo; posto que o “encontrador” seja um filho da alegria espontânea; sim,
uma vitima da Graça Soberana; e, portanto, um ente que se torna feliz como um
“sortudo” que reconhece a sublimidade da sua grande sorte na vida. Esse vive de
gratidão feliz o resto da sua existência.
O mesmo se pode dizer daquele cuja busca era
consciente; o qual era um sedento sincero; um buscador; um Explorer da verdade;
um ser tomado pela obsessão do Sublime. Sim, quando pessoas com tais
características acham o “reino” a resposta é sempre a mesma; sendo pura alegria
feliz e descomplicada em seus corações; posto que se saibam agraciados por um
galardão com o qual sonhavam e pelo qual estavam dispostos a todos os esforços
desde sempre. Esses são os que nascem com avidez intrínseca e gradativamente
consciente acerca do fato que a existência tem que ter um Sentido Superior a
ser encontrado.
Existem, todavia, os que são filhos do esforço
de terceiros; os quais são puxados por redes humanas para a praia da possibilidade
do “reino”. Mas, sendo eles o resultado de uma ação humana indiscriminada, no
bojo do mesmo arrastão que os trouxe [...], vêm acompanhados de gente boa e
gente má; o que faz com a ação humana que acontece como “mandamento do Senhor”
— ou seja: sermos pescadores de homens —, desde sempre já nos fora afirmada
como tendo a possibilidade de trazer seres de espécies diferentes para o
mesmo local humano de encontro com a possibilidade do reino; a saber: a
igreja como ente humano visível e histórico; lugar físico, existencial e
comunitário de imensas contradições; sim, pois, pela ação humana, o resultado
não carrega a qualidade existencial dos dois primeiros casos acima mencionados;
ou seja: dos que tropeçaram na Graça de modo inconsciente, mas que a
reconheceram com alegria, e os que a buscavam, e, tendo-a encontrado,
entregaram-se a ela com gratidão e alegria de sortudos.
É por esta razão que a manifestação presente
do “reino dos céus” tem gente eternamente descomplicada [os dos dois casos
anteriores, com o acréscimo dos “peixes bons” colhidos pelo arrastão humano dos
esforços dos “pescadores de homens”], assim como tem gente nem tanto..., que,
no dizer de Jesus, eram “peixes maus”, mas que foram trazidos pela rede
indiscriminada da ação evangelizadora para a praia da possibilidade do
“reino”.
Nos dois primeiros casos a qualidade
existencial dos que encontraram o “reino” está garantida pela forma espontânea
do encontro. Porém, na ação história da igreja [...] no ato de “pescar homens”
[...] existe naturalmente apenas a
possibilidade do “reino” acontecer; posto que a ação humana não possa
garantir a qualidade do resultado de tal empreendimento aleatório.
Ora, sempre haverá aqueles que não buscando,
encontrão; bem como sempre existirão os que buscavam e, pela Graça, virão a
encontrar. Do mesmo modo, pela força do
mandamento que manda que se pesque [...] também sempre haverá o resultado
de que a ação humana de arrastar pela Palavra a toda criatura [...], traga para
a possibilidade do “reino” gente que
seja genuinamente do reino como também aqueles que ficam no ambiente de tal
possibilidade apenas..., mas que jamais entram nele, posto que não tenham
suas naturezas alteradas.
Entretanto, Jesus disse que a Pescaria deveria
ser sucedida da ênfase de fazer discípulos, ensinando-os a guardar todas as
coisas por Jesus ensinadas; que é o que pode, na História, sem escatologia
final, gerar espontaneamente nos “peixes”, por sua livre escolha, a decisão de
ficarem ou não no ambiente que, para alguns, não é o “reino”, mas apenas a
possibilidade dele.
O problema é que o “Arrastão” da igreja na
história perdeu completamente a ênfase no ensino e nos mandamentos de Jesus,
importando apenas a grandeza quantitativa da “pescaria”; que é, de fato, o que
faz o caos se estabelecer como se vê acontecer desde há muito na História, e
que, nos nossos dias, ganhou contornos insuportáveis; sim, de tal modo que o
que se chama evangelização, pela sua volúpia marqueteira de números, passou a
ser a desqualificação do “reino”, tanto quanto da possibilidade do
“reino” entre os humanos; posto que nossas “pescarias” sejam apenas ações de
volúpia quantitativa e de poder, o que gera a corrupção do que seria real
possibilidade do “reino” [...], e isso tanto mais quanto a
igreja/fenômeno/histórico busque fazer sua “pescaria” dia a dia mais volumosa.
Obsessão pelo crescimento da igreja e que se
some ao total descaso pelo ensino da Palavra e do discipulado, gera apenas o
que se tem hoje; ou seja: uma praia/igreja lotada de peixes fadados a serem
lançados fora pelos anjos, quando o Dia da Verdade chegar.
Pense nisto e se enxergue na Verdade!
Nele, em Quem muito do que se chama “reino” seria ambíguo,
mas não no nível que se instituiu...
Caio
5 de fevereiro de 2012
Lago Norte
Brasília
DF
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 5 de fevereiro de 2012 às 16:56 e está arquivado em caio fábio,igreja,reflexões. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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9 de fevereiro de 2012 às 21:31
A igreja eh o lugar onde as pessoas se reunem e unem o mesmo proposito que eh resgatar as almas que estao sendo levadas para o inferno por filosofos, ateus e apostatas como o Sr.Caio Fabio que trabalha para se sustentar com o dinheiro dos desviados da igreja. Nao leiam esta imundicie, leiam a biblia.
" E por avareza, farao de vos negocio com palavras fingidas; sobre os quais ja de largo tempo nao sera tardia a sentenca e a sua perdicao nao dormita.II Pedro 2:3"
Leia II Pedro cap.2 Os Falsos Mestres
10 de fevereiro de 2012 às 17:47
Mesmo visitando este site e lendo o artigo do Caio, o Sr Anônimo ainda chama o Caio de apostata? Com certeza o Sr Anônimo não entendeu nada desse artigo.