A Cruz de Cristo é o centro de tudo. Portanto, a salvação é sempre em Cristo, mesmo que o salvo nunca tenha ouvido falar nEle como “nome próprio”.
29 de janeiro de 2013
Postado por Marcello Cunha
A LIBERDADE DE DEUS
Quando encontrei Aquele que me separou para Ele mesmo antes
da fundação do mundo—delírio de quem crê e não duvida!—, uma das primeiras
questões que me vieram foi sobre o destino daqueles que nunca haviam recebido a
“informação” histórica acerca do Evangelho.
Li todos os comentaristas bíblicos que estavam disponíveis
na biblioteca de meu pai e de muitos amigos teólogos e pastores.
Eu tinha entre 18 e 19 anos.
Sentia-me como um potro no cio pelas experiências do saber
e do conhecimento.
Mas ninguém falava do assunto.
O Tema era Tabu!
Então, resolvi fazer o que sempre faço até hoje: ler a
Palavra, mesmo que sem “acompanhante”, e pedir a Deus o discernimento do
assunto.
Minha “tese” de ordenação ao ministério presbiteriano foi
acerca disso.
Nunca a publiquei em razão de ter visto o alvoroço que ela
causou no presbitério que se reuniu para “examiná-la”.
Foram quase três dias de debate!
A maioria me julgava “liberal” por ter o entendimento que
ali expressei.
O que eles não podiam entender era que apesar de crer
daquele modo, meu compromisso com o anúncio das Boas Novas era mais intenso do
que eles conseguiam imaginar ser possível em alguém que afirmasse o que eu
afirmava.
1. Deus não condenaria à danação quem nunca soube nada além
do que soube.
2. Cada um seria, portanto, julgado pela luz que teve, não
pela luz que não teve.
3. A Cruz de Cristo é o centro de tudo. Portanto, a
salvação é sempre em Cristo, mesmo que o salvo nunca tenha ouvido falar nEle
como “nome próprio”.
4. O personagem Melquisedeque era a resposta para a Graça
da Revelação que acontece “fora” do contexto geográfico, histórico, político,
cultural da “informação” salvadora.
5. Os filhos de Abraão eram os condutores históricos da
“informação salvadora”, não o limite da Graça salvadora.
6. A Queda em Adão não poderia ser mais esmagadora que a
Salvação no Segundo Adão: Jesus!
7. Uma infinidade de textos do Antigo e do Novo Testamento
me davam essa certeza: Deus nunca se confinou às fronteiras de nenhuma
geografia; e não se tratava apenas de “Graça Comum”, mas, para mim, o Comum era
a Graça. Nada poderia e pode ser “mais especial”.
8. A observação humana do fenômeno humano me mostrava,
desde criança—talvez em razão da educação humana e aberta que vinham de meu
avô, João Fábio, e de meu pai—, que Deus não manifestava a Sua “imagem” apenas
nos “crentes”, mas em todos os homens— sem falar que meu avô nunca foi
“evangélico”, mas poderia ensinar a todos os pastores que eu conheço o que é
possuir uma consciência cristã, em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo,
mesmo sem ter tido a informação histórica acerca do benefício da Graça que nos
alcançou em Jesus Cristo.
9. Sempre cri no inferno, mas nunca achei que ele fosse um
lugar, e nem que pudesse ser aferido com categorias humanas de “tempo”. Para os
“cristãos” o tempo é uma das coisas mais mal compreendidas; daí nosso conceito
de “eternidade” ser tão vinculado ao tempo —a lgo que não acaba nunca; que a
gente assiste como um dia depois do outro... Bobagem!
10. Minha motivação para pregar a Palavra não era o
inferno, nem o juízo, mas o privilégio de anunciar tão grande salvação a todos
homens; sem falar que sempre preguei a Graça como uma Graça para quem a anuncia
como expressão da gratidão de haver sido iluminado pela maravilhosa e única
salvação, que está em Cristo.
Bem, quase trinta anos depois, preparo-me para re-escrever
a minha “tese”, que não é minha e nem é original, pois está explicitada na
Palavra — isso para quem não tem medo de “somar” e dizer o “resultado”.
Não há nada novo debaixo do sol.
A novidade é apenas a coragem de expressar o que está
“revelado”.
O problema é que há os “pregadores de etiqueta”, que sempre
tentam colar em você os mais diferentes “rótulos”.
Eu, no entanto, estou livre; nunca estive tão livre, e essa
liberdade não avança para além do que sempre cri e expressei, conforme a
Palavra.
A diferença é que hoje digo da varanda muitas coisa que
antes eu dizia no “interior” da casa.
Para quem desejar, tanto neste site, como em muitos outros
livros meus, o assunto está posto sem titubeio. Sem falar que no meu livro O
Enigma da Graça o tema está mais que aberto!
Deus não é judeu!
Deus não é cristão!
Deus não é protestante!
Deus não é evangélico!
Deus não é neopentecostal!
Deus é!
Nós é que somos essas “coisinhas” pequenas, e queremos que
o Senhor caiba nessas caixinhas de pequenas convicções, e que calce Seus santos
pés com sapatinhos de japonesa!
Agora, enquanto escrevo isto, sei que o Espírito está se
revelando nas ilhas remotas, nas selvas esquecidas, nos montes inatingíveis,
nas tribos perdidas, nos guetos impenetráveis e nos ambientes inalcançáveis dos
corações de milhões de seres humanos!
Ora, isto sem que nenhum “missionário” lá tenha chegado!
O Espírito sopra onde quer, ou não?
Mas como eu não sei o que Deus está fazendo, eu faço o que
Jesus mandou: eu prego a Boa Nova!
O meu privilégio e anunciar isso do modo como Jesus fez, e
que no Evangelho é tão claro: sem religião!
Jesus não nos chamou para uma religião. Ele nos chamou para
a Vida!
Quem ouvir a voz de Deus no Evangelho pregado e confirmado
pelo Espírito será salvo. Quem teve a mesma chance e decidiu não crer já está
condenado!
Quem nunca ouviu nada de homem algum, será ouvido por Deus
e julgado por Ele —e somente por Ele— conforme a consciência que teve e de
acordo com a iluminação que possuiu.
Mas ninguém é salvo sem que tenha sido por causa da Cruz e
do Sangue conhecido antes da fundação do mundo: o sangue do Cordeiro!
E saibam: este Sangue tem Poder!
NEle, que é livre,
Caio
(Escrito em outubro de 2003 - Manaus)
www.caiofabio.net
www.vemevetv.com.br
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 29 de janeiro de 2013 às 11:10 e está arquivado em cordeiro,cruz,salvação. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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3 de abril de 2016 às 18:00
Vdd, se o pecado de Adão trouxe condenação a todos, independente de informações, muito mais o sacrifício de Jesus trouxe a salvação a todos que não resistem ao testemunho de Deus, que se manifesta através de suas obras ( natureza, terra, céus e estrela, etc) e de sua palavra.