Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes?
22 de junho de 2012
Postado por Unknown
Salmo 34
Este é um
dos salmos da minha infância, um dos salmos que, especialmente a minha avó
materna, a “mãe velhinha”, usava para nos colocar para dormir. Minha mãe
também, mas eu tenho muito a lembrança infantil da minha avozinha recitando e
fazendo a gente repetir com ela, todas as noites, os versos 6, 7 e 8, que dizem:
Clamou
este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações. O anjo
do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Oh! Provai e vede que
o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia. Isto
acontecia todas as noite. A gente dormia recitando estes versos do salmo 34. E
hoje eu quero que leiamos juntos o verso 12, enquanto você mantém o salmo
aberto.
Verso 12...
Quem é o
homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem?
Na verdade,
longevidade é a única palavra cujo significado esta geração nem sempre conhece.
Longevidade significa viver muito. Quem é o homem que ama a vida e quer viver
muito para ver o bem? – é a pergunta do salmo. E o salmo responde a esta
pergunta de todos os modos; ela está aqui no meio do salmo, mas ele todo é, de
certa forma, uma resposta a essa questão. Fique com isso em mente, porque na
sequência o salmo começa a nos dizer quem é o homem que ama a vida e quer
longevidade para ver o bem.
A pergunta
que fica para nós, de fato, é: quem é esse homem que ama a vida e quer
longevidade para ver o bem? “Quem é o homem que ama a vida?” é a primeira
pergunta para nós. Dependendo de onde você esteja, a resposta vai variar. Haverá
pessoas que dirão que o homem que ama a vida é aquele que busca viver com
intensidades inimagináveis e impensáveis: o rapaz que ama a vida é aquele que
quer ter três, quatro meninas simultaneamente ficando com ele; e a menina que
ama a vida é a que vai para uma rave
e depois não sabem nem quantas bocas beijou, e coisas mais; o homem que ama a
vida é aquele que se esforça para ter a maior quantidade possível de recursos
materiais pelos quais ele possa dizer que roda, viaja e conhece a terra toda, e
passa suas férias e até os feriadões nos lugares mais exóticos do Planeta
porque ele ama a vida, e no dia em que ele morre os amigos dizem: aqui está um
homem que amava a vida, amava a terra, amava os pores do sol, e vivia à procura
de cores diferentes, de culturas distintas.
Em outros
lugares o homem que ama a vida é aquele que, mesmo em meio às suas muitas
tristezas de alma, não desiste nunca de fazer poesias, versos, canções,
melodias – ainda que melancólicas e doídas – acerca dos seus amores frustrados.
E, também, o homem e a mulher que amam a vida são aqueles que dedicam-se a uma
causa de natureza social e fazem o bem onde podem, como podem, socorrendo os
mais pobres, os mais necessitados, os aflitos; ou que se entregam a uma missão
distante, longe dos confortos da família, para atenderem às causas da vida. Ou,
então, o homem que ama a vida, hoje em dia, do ponto de vista mais amplo,
politicamente correto, é aquele que trabalha para defender o meio-ambiente, que
não está defendendo apenas as causas imediatas, mas, também, a vida futura; que
não defende apenas a vida humana, mas, também, a de todas as criaturas no
Planeta. E se nós formos perguntando a seguimentos diferentes da humanidade,
ouviremos respostas distintas sobre o significado de amar a vida.
A questão é:
o que Deus chama de amar a vida? E por que Deus vincula o amar a vida a essa
vontade de viver uma vida para ver o bem? Porque, de certa forma, a resposta à
pergunta “o que significa amar a vida?” está respondida na sequência da própria
pergunta “quem é o homem que ama a vida e quer viver vida suficientemente longa
para ver o bem?”. Assim, o homem que ama a vida é o homem que quer viver para
ver o bem, para fazer o bem, para contemplar o bem, para ser patrocinador e regozijador
pessoal na verificação do bem que aconteça; ele não apenas torce pelo bem, mas
é, antes, agente do bem, é parte integrante da produção do bem, é conteúdo
humano existencial da constituição do que seja o bem na vida e na Terra. Esse é
o homem que ama a vida, é o homem que quer vida para ver o bem.
Todo ser
humano que de fato ame a vida é esse ser humano que quer ter vida para ver as
coisas boas acontecerem. Ele se regozija nessa possibilidade, ele a alimenta,
ele sonha com ela, ele tem esperança nela, ele trabalha por ela, ele se dedica
a ela. Isso não é apenas um alvo que ele põe na perspectiva de que a loteria
faça acontecer, de que a sorte faça realizar, de que as coincidências dos
vetores e fatores desta vida convirjam de maneira cega para fazer acontecer o
bem. Ao contrário: esse homem que ama a vida é o mesmo que faz de tudo para ter
vida suficientemente dedicada à causa do bem de modo que ele veja acontecer o
bem pelo qual ele trabalha. Ele não é um torcedor do bem, ele não faz parte da
torcida organizada do bem, ele não fica aqui dizendo: “puxa, aquele cara ali é
legal, tomara que dê certo a vida dele; vai, vai, lá, legal, vai, vai... Oh,
que pena, bateu na trave, chutou pra fora... Oh, acidentou-se, teve um
estiramento, não vai poder jogar, ficou fora do jogo, que pena, tomara que
tenha um substituto à altura...”. A maioria das pessoas que eu conheço, na
melhor das hipóteses apenas torce pelo bem – as melhorezinhas. Mas gente que
ama a mesmo a vida de acordo com Deus, e cujo amar não é um amar egótico, não é
um amar do seu umbigo, não é o amar do seu capricho, não é o amar vinculado às
suas vaidades, às suas tolices, não é o amar das suas demonstrações, não é o
amar das suas performances, não é o amar da experiência da multiplicidade de
prazeres, não é o amar hedônico, não é o amar das afetividades idolatradas, não
é o amar da idolatria sensorial, que diz: “tudo o que for possível sentir neste
corpo, nesta alma, ah, eu quero ter essas sensações”; quando é esse amar
segundo Deus, essa pessoa se dedica às coisas que realizam o bem, e bem que ela
quer ver com seus próprios olhos, não como quem assiste à distância, mas como
quem foi partícipe, produtor, agente e coadjuvante ativo na promoção daquilo
que ela amava como vida. E ela amava a vida como bem e amava o bem como vida.
Igreja? Hummm...
9 de junho de 2012
Postado por Unknown
É ASSIM QUE RESUMO QUANDO ME PERGUNTAM SOBRE A IGREJA
[01] De quem é a IGREJA?
De Jesus de Nazaré.
Mateus 16.18
[02] Quem é IGREJA?
Os que Ele mesmo transportou do império das trevas para o Reino do Filho do seu amor.
Colossenses 1.13
[03] Como e por quem a IGREJA é liderada?
Por aqueles que sabem que a igreja é dEle e não querem lidar com ela senão do jeito que Ele lidaria.
1 Pedro 5. 1-4
[04] Como vivem os da IGREJA?
Com o mesmo sentimento que houve nEle, o Dono da Igreja, isto é, o amor que O fez se esvaziar de si mesmo e ficar com a nossa cara.
Filipenses 2.5-11
[05] Para que serve a IGREJA?
Para avisar a humanidade que em Cristo o Eterno se reconciliou com toda criação e que só há um jeito de viver: amando aquele que tanto nos amou e amando aqueles a quem Ele amou e por quem se entregou.
2 Corintios 5.18-21
Carlos Bregantim
Um testemunho reverente...
6 de junho de 2012
Postado por Unknown
Claudião, filho e mano querido.
Missão: Salvar "Crianças-Bruxas". Marcelo Quintela. Li. De capa a capa. Prestei atenção dobrada para tentar fazer o melhor, segundo a minha ótica. Aconteceu uma coisa "estranha" no decorrer da leitura. Lá pelas tantas, comecei a ficar incomodado, inquieto. DaÍ ocorreu-me um pensamento que, depois, se mostrou persistente. O que são "aspas", "traduções", "observações" e coisas semelhantes feitas por mim, diante da enorme e gigantesca tarefa descrita nesse livro-documentário que denuncia a decadência religiosa do século XXI, a loucura das loucuras sob a ditadura e disfarce do "cristianismo" sem alma e sem coração? Eu me senti ridículo, um "invasor" pisando terreno santo, um "anão" impotente. Bobagem pensei! O conteúdo do livro é tão forte e fora do comum que qualquer mudança, uma vírgula sequer, não faria qualquer diferença. Está claro. A desgraça das desgraças arrasa até os insensíveis. No final louvei a Deus pela coragem, altruísmo e visão daqueles que ousadamente enfrentaram o domínio das trevas, correndo todos os riscos (e que RISCOS!). Marcelo Quintela e seus corajosos companheiros impactam mormente quando assistimos no presente, a ação (sem ação) dos que sabem fazer o bem e não fazem. São indiferentes, virtuais, conformados, adoecidos pela religião sem vida.
Ezequiel Tamarozi, pai do Claudio Tamarozi (mentor em Mogi das Cruzes)
PS: Se eu não fosse idoso com certeza, me canditaria para enfrentar esta batalha. Sempre gostei de desafios. O Ceará que o diga... Aliás,o Ceará é "fichinha" perto do descalabro relatado no livro.
Crianças, cinema, pipoca e quase um palhaço!!!
1 de junho de 2012
Postado por Unknown
Quando estou aqui na Nigéria e fico dias sem escrever, fico até triste. Sei que por mais que eu me empenhe, não vou lembrar de todos os detalhes que compõem cada experiência que vivemos aqui...mas nestes últimos dias não foi fácil. Geralmente algo ataca minha saúde aqui, por mais que eu me empenhe em me proteger contra mosquitos e tenha cuidado com o que como. Depois deste meu último episódio, fui proibido pela Diana e pela senhora Ann Medekong de comer no “hotel” onde geralmente fico alojado. Chegaram a me levar ao hospital a noite, pois já estavam apostando que eu estava com Malária. Pediram-me que eu pagasse e fizesse dois testes, malária e tifóide, para termos certeza que eu não tinha nenhuma dessas doenças. Caso tivesse, seria melhor ser tratado aqui na Nigéria antes de deixar o país, pois nas palavras deles “ninguém sabe tratar a malária deles como eles sabem”. Graças a Deus os testes foram negativos, mas a febre me perturbou por dois dias e duas noites, e como não parei o trabalho para me recuperar, as baterias foram a zero. Não dava para parar, estávamos num momento muito importante, de firmar laços com a primeira dama do estado - que hoje através da Ong que ela fundou assumiu a responsabilidade das duzentas crianças que estavam no CRARN e que desde o começo fazem parte de nossas vidas. Ainda queremos ajudar essas crianças, pois temos um papel importante na vida delas e, em outro diário, lhes explicarei por que estou dizendo isso. Enfim, isso tudo pra dizer que no fim de noite, e literalmente no fim porque às vezes temos chegado da rua às 10 da noite, não sobrava muito de mim.
Domingo da semana passada fomos ao orfanato James 1:27 como havia antecipado a vocês. A proposta era fazer uma sessão de cinema para as crianças, com direito a pipoca e refrigerante.
Seqüestrei a cozinha do “hotel” e fui lá preparar a pipoca. Lá eu vi coisas que certamente explicam o meu mal estar dos últimos dias. Ignorei o que vi e segui com a pipoca. As cozinheiras ficaram me assistindo trabalhar super surpresas de ver aquela “mágica” na panela. Elas riam muito fazendo um monte de perguntas. Em seis paneladas estourei mais de um quilo de milho e enchemos potes de plástico para as mais de 50 crianças que estariam lá. Seguimos para o orfanato.
No caminho tomamos um baita susto. Eu ia no banco de trás com duas de nossas crianças (Samuel e Bassey) e com um rapaz chamado Jehu. Estávamos com a cabeça baixa ensinando o Jehu a usar minha câmera. Na frente estavam o Emmanuel, nosso motorista de sempre, e a Uduak, que também trabalha conosco. De repente os dois gritaram juntos. Quando eu levantei a cabeça, tudo que vi foi o vulto de uma moto que pareceu ter saído do meio do mato e atravessado a pista na nossa frente, e que graças a Deus conseguiu não ser atropelada pelo nosso carro. O interessante é que não vi nem um sinal de desaceleração do carro que seguiu na velocidade que estava, uns 70km/h. Só ouvi muito murmúrio de todos dentro do carro, em Ibibio (dialeto local), certamente xingando até a quinta geração do louco da moto.
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