De uma vez por todas, entendam: Não sou reformador de nada! Caio
12 de março de 2013
Postado por Marcello Cunha
Internauta- Facebook:
Resposta:
"Nenhum de nós tem o poder
pessoal de decidir quantas gerações a mais nós vamos servir na vida. Se,
porventura, o que eu fiz até agora na minha vida e o que eu registrei das
coisas que eu creio, vejo e sinto, se tornarem coisas importantes depois que eu
não estiver mais aqui, e atingirem outras gerações, sinceramente falando, é um
problema de Deus, porque eu não estarei aqui para saber. Então não é uma
questão para o cara que já foi, e sim uma decisão divina, fazer com que aquilo
que numa geração não tenha sido compreendido, somente uma outra lá na frente
venha a ter mente suficiente para discernir o que está sendo dito naquela hora
e os contemporâneos não estão compreendendo.
Voltando e usando o exemplo
que eu dei de que nem mesmo se porventura alguma coisa do que eu fiz, disse,
registrei ou escrevi, virá a ser algo com significado para as outras gerações,
que faça bem a outras gerações. Aleluia! Mas eu não estou aqui visando isso e
não posso viver de um futuro inexistente.
O único momento que me
interessa e ao qual eu ministro é este. A geração que me concerne não é a que
virá, é a que está! Assim como nestes 32 anos pregando a palavra, eu já vi
muitas gerações mudarem. Pois, quando eu me converti a geração cristã era uma,
10 anos depois era outra, 10 anos depois era outra ainda. Hoje, todo dia eu
encontro gente que se converteu de 1998 para cá, quando eu parei de pregar na
grande mídia, e que nunca me viu na vida; o que para alguém que viveu os 30
anos anteriores é quase que inconcebível: ”Mas você não conhece esse cara?”
Como se ficasse alguma coisa perpetuada ali, um holograma caiofabiano viajando
pelo espaço... (Como se para) todo evangélico que se convertesse agora,
chegasse aquele grilo falante dizendo: “Oi, eu sou o Caio! Não estou mais aqui,
mas já estive, viu!" Não existe isso. Cada um marca sua hora e o tempo.
Então o compromisso do Caminho
da Graça não é com a insconstitucionalização dele, jamais. O compromisso do
Caminho da Graça é com a geração dele hoje. Mas sem nenhuma fobia
institucional, porque o institucional é essencial. Ninguém paga água sem o
institucional, ninguém paga luz, ninguém recebe dinheiro sem o institucional.
Senão, vira tudo pessoal, a casa da mãe Joana. Então, para ser algo sério tem
que ser institucional. Não pode ser a igreja do Caio, do Marcelo. Quem vai
assumir isso não tem que ser dois compadres que decidem como as coisas
acontecem. Para ser legal (legalizado), tem que ser instituição. Para poder ser
legal, para ser auditável, para ser comunitário, para ser de todos conforme a
constituição do momento e do tempo histórico do qual nós vivemos. Mas até aí
tudo bem, porque eu tenho CPF, RG, título de eleitor, atestado de reservista,
certidão de casamento, passaporte, toda essa porcaria e continuo
não-institucional. Eu sou eu todo dia. Isso aqui (passaporte) me serve para
mostrar para um guarda na fronteira. Passei a fronteira, entro num lugar que me
convêm e boto ela no bolso que é o lugar dela, e sento em cima. O cara que
viaja a primeira vez fica mostrando: Olha! Esse é o meu passaporte! No meu
caso, esse é o meu 10º passaporte, não tem onde botar carimbo nessa droga.
Agora tem gente que se pudesse, colocava o passaporte com todas as estampas na
testa para todo mundo ver. Esse cara É a Instituição, porque ele não existe do
momento, ele existe é da acumulação das supostas conquistas passadas que são
dele e tem que ficar estatificadas, tem que virar coroa, vitrine, aquariozinho
das memórias de Deus.
Então, em resumo, só não
ficará institucionalizado se eles não virarem uns BABACAS! Mas se embasbacarem,
já era! Mas se mantiverem a alma no Evangelho, a consciência simples, andando
no Senhor Jesus, tratando uns aos outros como irmãos, sem se impor uns aos
outros, sem evocarem pedigree, sem dizer: “eu cheguei aqui primeiro, sem fazer
conta de entrada nem de saída, sem ficar auditando uns aos outros, sem ficar
fiscalizando uns aos outros, sem ficar impondo suas próprias decisões pessoais
e particulares como sendo leis comunitárias para o outro. Se isso não acontecer
não tem perigo nenhum!
E se mantiverem-se atualizadas
e crescer, se tiverem o software da graça e do amor, rodando na mente e no
coração, e a palavra eterna aqui na mente-coração, toda nova geração vai saber
fazer atualização com a propriedade pertinente para servir a própria geração.
Se depois que a gente partir, surgirem uns idiotas, e puserem uma placa lá na
frente dizendo: “Caminho da Graça – Primeiro Movimento da Grande Reforma
Anti-Reformada”, “ Estação Primeira de um Pingo (de Mangueira) de Santos” ou
“Estação Segunda da Catedral de Brasília...” Aí, me desculpe, pelo amor de
Deus, irmãos, acho que antes da ressurreição, eu levanto dos mortos para
embolachar esses tais!".
Caio
(Resposta retirada do texto "CAMINHO DA GRAÇA: UMA INSTITUIÇÃO?" Ano 2006)
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 12 de março de 2013 às 12:30 e está arquivado em compreensão,discernimento,discípulo,entendimento,Evangelho,movimento,reforma,reforma protestante. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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