“Estranháveis afetos...”(Fil. 2.1)

Eu fui e vi. – Foi o que disse o Danilo... e o Hugo Theophilo traduziu minha impressão.

Mas que muitos possam ouvir o Danilo: Venham todos e vejam também! O mundo está acabando e tem um louco gritando ungido no deserto! Venham!

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Confesso um sentimento desconfortável em alguns aspectos do testemunho publicado... sim... Não sinto raiva, lógico que não e muito pelo contrário, tenho vontade de felicitar a viagem dos rapazes à Brasília e especialmente o efeito cortante da Palavra que foi ouvida na vida de cada um que tem um mínimo de sinceridade de coração diante de Deus. Mas ao mesmo tempo confesso que sinto alguma outra coisa, que não é boa: Sinto dó.

Primeiro, sinto dó pela “descoberta” que aparenta “escancaramento”, mas é, mesmo assim, comedida e toda justificada. Não conheço como um depoimento quase jornalesco pode ao mesmo tempo ser tão “sóbrio”, mediano e politicamente correto ao final. Sim, nesse texto estar com o Caio e vê-lo pregar parece ter sido uma experiência tão sublime tanto quanto permita o bom uso da língua portuguesa, precisando, contudo, AINDA ASSIM, que um super-PARÊNTESES se abra para explicar o assombramento, para dizer que viu Deus ali!!!! – onde mentes mais legalistas não podem conceber!

Meu Deus, não sei se eu choro ou comemoro...


Não me cabe falar nada a ninguém sobre coisa alguma que não me diga respeito (vixe! rs). Mas, digo para vocês, meus amigos, que li e senti pena daqueles que – a exemplo do Danilo – sempre desejaram, mas ainda não tinham vindo ouvir o Caio com a gente... É olha que não tem como fugir de ouvir o Caio dada a dimensão e o alcance das muitas mídias que o replicam TODOS os dias! Mas a descoberta tardia é ainda melhor do que descoberta alguma. Viva a iniciativa dos rapazes do BLOG GENIZAH.

Segundo, eu lamento pelos que nunca descobrirão, e nunca o farão especialmente porque o ciúmes e inveja dos citados “santarrões” farão o que fizeram com Paulo (e não tenho nem medo de “guardar as devidas proporções...”). Sim, com Paulo era assim e com o Caio é também: Não podendo calar a Mensagem na boca do mensageiro (que morre, mas não se cala!!!), aí desmerecem o mensageiro para anular a Mensagem! Por que não duvidem: O escândalo é a Mensagem! A loucura insuportável ainda é a da CRUZ! E se Paulo de Tarso e muitos paulos-na-história insistem que onde há pecado em abundância, há superabundante graça disponível, eles sofismam: “Então, continuaremos a pecar para que a graça aumente?” E assim, puni-se a Mensagem porque o ouvinte pode “se perder” na Graça. Vejam que coisa: A “Graça” é de... DEUS. Mas o ouvinte pode por ela se perde...de DEUS!

Daí que essa geração não é nada diferente da que Jesus foi contemporâneo: Ela mata seus profetas e seus filhos lhes decoram os túmulos! Ou alguém pensa que a grande questão dos adversários do Caio são mesmo suas tiradas mais coléricas ou ter-se tornado repreensível há mais de 10 anos atrás depois de 3 décadas do pessoal tentando pega-lo n´algo sem nunca conseguir... O Caio sempre foi um tormento para o pessoal que arrasta o povo por ventos e ondas de doutrinas sazonais...

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Já lamentei diante do Caio que ele tenha que morrer para ser compreendido e, um dia, ser, então, aceito despudoradamente.

Pudor. Essa é, por fim, a impressão que persiste ao ler o depoimento no estilo “fui-vi-gostei-voltei-estou aqui”.

Eu sugiro a falta de pudor. Ninguém tem pudor quando se apaixona! Nenhuma paixão é cheia de observações... Quem ama não tem tantos pudores.

Encantamento passa, e passa rápido... Convicção racional (e passional também!) de que nossa geração foi PRESENTEADA por Deus, por Sua misericórdia pelos Seus, ao nos oferecer alguém como o Caio... Essa convicção, essa certeza desavergonhada, essa coisa tosca de bendizer em vida a quem te faz bem, essa falta de educação de nem lembrar de abrir os parênteses das exceções reverentes... essa “soberba”, essa breguice, essa transferência psíquica (que seja...), eu confesso: EU TENHO e amo TER. Amo muito amar o Caio, um profeta de Deus para esse tempo.

E para “piorar”, amando todos os que amo, lendo todos os que leio, e ouvindo a todos quanto eu sou... Discerni ter encontrado um pastor, uma referência humana, um sábio visionário, um mestre, um apaixonado inspirador, um mentor, um pai...

Impressões registradas.

Marcelo Quintela

MEUS PARÊNTESES

Já pensou precisar acalmar meus pastores e amigos: “Não estou venerando o Caio”; só por que senti o que de bom senti?

Por que as coisas não são simples nesse reino de confusões? Já pensou eu ter que dizer ao Caio: “Pastor querido, eu curti o fulano ali, mas não significa que deixei de curtir você, viu?” Que coisa inimaginável entre nós...

Mas ainda assim alguns dirão que cultuamos o homem. Sempre dizem...

(Aliás, vocês precisavam ler o que eu leio quase todo dia aqui a meu próprio respeito... Tem até pastor de cabelo branco que me chama de “chaveirinho”, sendo eu um homem de 38 anos, dono de meu nariz e do nariz dos meus filhos. Acho falta de respeito, mas não ligo não. Antigamente, eu julgaria desprezo a minha mocidade, mas nem é mais o caso, pois já não a possuo como dantes).

É um paradoxo precisa dizer que gosta do Caio mas não deixa de gostar dos demais (!?)... Aonde algo precisa ser explicado assim senão na melindrosa confraria das vaidades religiosas? É, portanto, para esses tais que o Danilo se dirige...

Mas paradoxo maior é depois de ouvir o Caio chegar a cultuá-lo. O culto às personalidades procede da evocação que tais personas fazem para o culto-de-si-mesmas. Seus púlpitos são seus próprios altares. Vocês sabem bem quais são as pessoas cultuadas nesse país de idólatras carentes. Quem anda com o Caio e com o Caio aprendeu alguma coisa, aprendeu todo dia a endereçar a vida à JESUS. E quem cultua o Caio ou quem quer que seja é porque não teve a chance – ou tendo-a, rejeitou – de caminhar na direção que ele, Caio Fábio, sempre apontou: Obediência a Cristo, por constrangimento de amor, que vem do conhecimento experiencial do Filho do Homem de um tal modo que todos os homens sejam feitos iguais, sem sacerdotalismos e lideranças despóticas e luciferianas. Quem anda com o Caio, aliás, já não se encanta com nada; se desencanta de tudo; e se projeta para a Esperança do porvir, mantendo ainda os pés sujos bem plantados no sujo chão dessa vida, da qual agora é feito servo do Evangelho nela!