Jesus nos chama ao ajuntamento que junta e une, e não ao que separa e divide!
13 de abril de 2011
Postado por Unknown
NÃO ENTRO MAIS EM IGREJA!
Condicionamento relacionado à culpa é coisa muito séria e persistente.
Lembro do tempo em que deixei de ser "pastor local", passando a dedicar-me exclusivamente ao "ministério itinerante", quando, como nunca antes, senti a culpa de não ir "à igreja" no domingo cedo, na Escola Dominical.
Ora, não se tratava de um desconforto para o qual eu não tivesse uma resposta consciente e bíblica, porém, a alma condicionada, não reconhece nem mesmo as verdades da Palavra.
Assim, eu pregava a semana toda, no mínimo duas vezes por dia, mas, aos domingos de manha, eu queria descansar, já que à noite eu pregaria mesmo, de qualquer maneira.
Aí, porém, morava o problema; posto que ficasse sempre aquele sentimento de culpa, como se minha ausência do lugar fosse emocionalmente semelhante a ter se distanciado de Deus.
Prova disso está no simples fato de as pessoas se referirem à freqüência às reuniões como "ir à igreja".
Condicionamento relacionado à culpa é coisa muito séria e persistente.
Lembro do tempo em que deixei de ser "pastor local", passando a dedicar-me exclusivamente ao "ministério itinerante", quando, como nunca antes, senti a culpa de não ir "à igreja" no domingo cedo, na Escola Dominical.
Ora, não se tratava de um desconforto para o qual eu não tivesse uma resposta consciente e bíblica, porém, a alma condicionada, não reconhece nem mesmo as verdades da Palavra.
Assim, eu pregava a semana toda, no mínimo duas vezes por dia, mas, aos domingos de manha, eu queria descansar, já que à noite eu pregaria mesmo, de qualquer maneira.
Aí, porém, morava o problema; posto que ficasse sempre aquele sentimento de culpa, como se minha ausência do lugar fosse emocionalmente semelhante a ter se distanciado de Deus.
Prova disso está no simples fato de as pessoas se referirem à freqüência às reuniões como "ir à igreja".
Há mesmo os que dizem que "não entram numa igreja" há muitos anos; embora eles mesmos não se sintam mais longe de Deus.
"Teologicamente", todos os que estão em Deus estão na Igreja, embora, muitas vezes, não estejam em "igreja" alguma.
Entretanto, a designação da experiência com a igreja como sendo algo que caiba no movimento de ir ou não ir, já demonstra o dado psicológico de que a igreja é, para muita gente, um lugar; e, portanto, quando se associa tal realidade a Deus, não ir à igreja é, no inicio, como não ir a Deus, ou como estar fora de Deus.
Há o mandamento bíblico [Hebreus 13] no sentido de que não se deixe de congregar, como é costume de alguns.
Ora, isto é dito em Hebreus no mesmo contexto em que se denuncia a presença ritualística aos cultos, escravizando-se a alma aos padrões antigos, infantis e pagãos.
Portanto, não se diz que não ir seja um problema, mas sim se diz que o deixar de viver a vontade de encontro com os irmãos, é algo que pode dês-aquecer a alma e tirar a alegria e a exultação horizontal da pratica da fé.
Quando eu sou igreja [e assim entenda!], mesmo quando não vou aos encontros, sou; e isto jamais muda em mim.
Porém, quando a minha alma se desconecta do compromisso histórico da fé [que é sempre horizontal, e, portanto, com os irmãos], a primeira coisa que acontece é que se faz da não ida algo mais sério do que de fato seja; e, em tal caso, torna-se algo sério, não por não se ir ao ajuntamento, mas sim em razão de que não se vai por se julgar existir uma briga entre nós e Deus.
E mais:
Muitas vezes não se acha uma comunhão espiritual que justifique a saída de casa.
Ora, em tal caso não se deve ir mesmo a lugar algum aonde se vá apenas para que se cumpra um rito mágico ou um dever devocional, pois, não tem sentido ou mesmo valor algum.
Durante uns dois anos, entre 1984 e 1986, senti muito culpa quando os filhos iam aos domingos de manhã à Escola Dominical e eu ficava em casa cuidando do jardim e descansando.
Parecia que eu estava negando a fé; e, por mais eu me dissesse que não era assim, no entanto, dado aos anos de pratica pastoral, indo aos cultos pregar e ensinar todos os domingos, o sentimento se manifestava mesmo contra os meus argumentos.
Ora, é neste ponto que se percebe o quanto se está religioso.
E mais:
Sempre que tal culpa bate no coração não havendo razão para tal, é prova de nossa religiosidade.
Não devemos deixar de nos congregar; ao mesmo tempo em que congregar-se jamais deve ser algo movido pela culpa ou pela irrazoabilidade das neuroses religiosas.
Assim, se você não encontra mais onde se sinta bem para cultuar comunitariamente, ao invés de "se afastar de Deus" pela culpa da não freqüência, ame ainda muito mais a Deus e aos homens; e, desse modo, busque, sem neurose, uma boa oportunidade de encontrar os irmãos-amigos; ou, então, de iniciar uma comunhão simples com irmãos e irmãs amados e singelos no crer.
Precisando de ajuda neste aspecto, escreva para
adailton@caiofabio.net ou para contato@docaminho.com e procure informações sobre o "Caminho da Graça".
Não se faça culpado de uma culpa que não existe!
Nele, que nos chama ao ajuntamento que junta e une, e não ao que separa e divide,
Caio
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 13 de abril de 2011 às 22:16 e está arquivado em ajuntamento,caminho da graça,igreja. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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13 de abril de 2011 às 22:26
excelente txt, parabéns! exatamente como me sinto: "Quando eu sou igreja [e assim entenda!], mesmo quando não vou aos encontros, sou; e isto jamais muda em mim."
obrigada :-)
16 de abril de 2011 às 03:41
Não sei como esse texto foi parar aí, mais é exatamente o que estou passando,e que me perguntava ainda hoje, imaginava que ia encontar algo referente a isto, (não na primeira pagina rsrs..) principalmente sobre Hebreus 13.Muito obrigado, eu sabia que eu não estava equivocado,Deus abencoe muito a vcs.
18 de abril de 2011 às 13:31
Que PA-LA-VRAS MA-RA-VI-LHOS-SAS!!! Uma benção mesmo! Abri esta página com a intenção de abrir outra. Mas a imagem e o titúlo me chamaram a atenção. (Nada é por acaso). Interessante sobre Hebreus 13. Nunca tinha visto por esse ângulo. Como nossa mente é limitada!
Caio, você é uma benção rara!
Um abraço.
Renira Linhares.
19 de abril de 2011 às 09:13
Muito bom o artigo do Caio. Apenas uma correção na referência bíblica citada. Não é Hebreus 13, mas Hebreus 10.24-25
Um abraço a todos.
26 de abril de 2011 às 17:57
Por ser riquíssimo em seu conteúdo, como, em regra, é tudo quanto o Caio escreve ou diz, e por ser oportuníssimo, postei este texto em meu blog. Por causa dele, porém, um irmão me escreveu se lamentado por eu estar seguindo as "FILOSOFIAS DO CAIO FÁBIO". Então, carinhosamente eu lhe respondi e reproduzo a seguir parte da resposta.
"... quanto à sua tristeza, por eu estar “...seguindo as filosofias do Caio Fábio...”, relaxe! Eu sigo é a Jesus. Sem o engano da religião e sem o peso das doutrinas. Só a Jesus.
Agora, responda sinceramente: Você já parou para ouvir e refletir sobre o que diz o Caio Fábio? Olha, eu sinceramente acho que você nunca parou para ouvi-lo. Porque, se ouviu e, mesmo assim, chama a sua pregação de filosofia, eu não posso chegar a outra conclusão senão a de que você ainda não aprendeu nada do EVANGELHO. Agora, se você ainda não parou para ouvi-lo e, ainda assim, classifica o EVANEGELHO na sua boca de filosofia, então meu amigo, a conclusão é ainda pior: você ainda carrega um dos piores defeitos dos “evangélicos” que é julgar sempre, perdoar nunca e rotular depreciativamente aqueles que não lêem por suas cartilhas.
Eu ouço o Caio e, diferentemente de você, reflito sobre o que ele diz e comparo com o EVANGELHO DE JESUS e não com o “evangelho” dos “evangélicos”. Talvez por isso, na sua boca, em regra, eu encontro palavras da vida e para a vida e, você, filosofias.
De qualquer forma, tanto o Caio, quanto eu e você somos sempre e totalmente dependentes da graça de Deus e, por ela, creio que um dia, nós três e muitos outros poderemos, à mesa com o Pai, bater um agradável papo sobre nossas impressões.