Expedição: Documentário Nigéria
8 de maio de 2012
Postado por Unknown
EXPEDIÇÃO: DOCUMENTARIO
NIGÉRIA
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[29/04/2012] –
Leo
Pousei
pela sétima vez em solo Nigeriano. Tudo do jeitinho que deixei... Minhas malas
levaram quase uma hora para aparecerem. Novamente o fiscal da alfândega queria
abrir as malas de doações. Perguntou-me o que era o conteúdo, e quando eu disse
que eram algumas roupas, sapatos usados e bolas de futebol para crianças ele
disse que eu deveria ter pedido permissão antes de trazer esses artigos ao país.
E antes de me liberar perguntou se eu tinha “alguma coisa” para ele.
Ao
sair do aeroporto, entre os trinta nigerianos que vieram me disputar oferecendo
seus táxis encontrei o senhor Raymond, que conheci em nossa terceira viagem,
quando nos tornamos amigos. Eu o havia avisado de minha chegada e ele estava me
esperando há quase uma hora. Recebeu-me com o mesmo sorriso de sempre, que foi
retribuído. Uma hora dessas quero contar um pouco da historia dele para vocês.
É muito triste, mas fala muito da realidade da Nigéria.
Agora
é aguardar os manos Tato, Tuco e Juan, que receberei amanhã no aeroporto de
Lagos. Na terça-feira voaremos para o Delta do Niger.
Enquanto
escrevo para vocês a CNN está mostrando na Televisão mais um ataque do grupo
terrorista Boko Haram, que hoje foi em uma universidade aqui na Nigéria e que
matou mais dezesseis. Trata-se do mesmo grupo extremista islâmico que no Natal
passado atacou duas igrejas matando trinta e oito pessoas, e nesta última
Páscoa atacou outras duas igrejas deixando trinta e cinco mortos.
Não
deixem de orar por nós, pelo nosso trabalho e pelos pequeninos!
Um
beijão e uma semana de muita graça e paz para todos vocês!
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[30/04/2012] –
Leo
Olá,
manos!
O
time está completo, agora. Depois de vinte horas de voo os irmãos Tuco, Tato e
Juan chegaram bem, graças a Deus. Como sempre, tiveram dificuldades na saída do
aeroporto, com falta de energia elétrica que parou toda a entrada de imigrantes,
com polícia criando caso com câmeras, etc. Mas no fim deu tudo certo.
Agora
vamos dormir e amanhã sairemos para o aeroporto às 6 da manhã para nosso
próximo voo para o Delta do Niger. De lá mandaremos notícias.
Beijão
em todos, graça e paz!
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[01/05/2012] –
Leo
Chegamos
no nosso destino final: Delta do rio Niger! Aqui estamos, mais uma vez.
Ao
pousarmos em Uyo City fomos recebidos pelo amigo Marcel, que não sabia de nossa
chegada e ao nos ver abriu um enorme sorriso. Perguntei se ele havia lido o
livro do Paul Anderson, e ele disse que sim e que gostou bastante. Contou-me que
recentemente passou mais de um mês num hospital distante. Foi constatado que
ele tem hepatite.
Apresentei
nosso time a ele. Conversamos bastante sobre casos de crianças bruxas na vila
dele. Ele acabou chamou para participar da conversa um pastor que também tem trabalhado
no aeroporto. Em uma outra ocasião vou escrever para vocês detalhes dessa
conversa.
Nosso
anjo e motorista Emman veio, como sempre, nos receber e transportar para Eket.
Na estrada estavam as cenas de sempre: crianças completamente nuas caminhando à
beira da estrada, barracos com caixões à venda em suas portas, e incontáveis
“igrejas”.
Enfim,
aqui estamos no Roseboom, onde, para minha surpresa, parece que a internet
melhorou bastante e seremos capazes de carregar fotos no decorrer dos dias. Mas
a energia continua caindo... Espero que com uma frequência menor, também! rsrsrs
Fiquem
conosco! Daremos mais notícias em breve.
Beijão,
graça e paz!
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[02/05/2012] –
Leo
para Lagos, e eu disse que ainda está muito cedo; quando
chegar mais próximo da data e a gente ver que vai mesmo voltar para casa, a
gente compra. Temos que aprender a viver um dia de cada vez! rsrsrs.
À
tarde retornamos ao orfanato James 1:27
para levar algumas roupas para as crianças e para levar a pequena Victória ao
hospital. Sua barriguinha está inchada há quase dez dias e ela sente dores
abdominais; vinha tendo febre e dificuldade de comer. Segundo o Bispo Evans,
dono do orfanato, um médico havia passado por lá oito dias atrás, deu algum
remédio para a criança e prometeu voltar em alguns dias, mas não voltou.
Resolvemos
então levá-la a um hospital. Chegando lá, conhecemos um médico muito gente boa;
mas, logo de cara, vimos que o lugar não tinha muitos recursos – é difícil
detalhar. O médico examinou a Victória com certa dificuldade, porque ela estava
com muita dor. Ele fez um pré-diagnóstico, mas pediu que fosse feito um exame
de sangue, se pudéssemos pagar. Fizemos o exame de sangue, durante o qual ela
chorou mas que confirmou o diagnóstico do médico. Contudo ele ainda solicitou
que a levássemos para fazer um scan, em
outro departamento: em uma salinha que me impressionou, com um equipamento de scan até muito bom para tudo o mais que
estava ao seu redor.
Então
veio o diagnóstico final do doutor: “a Victória provavelmente teve um forte
ataque de malária seguido de muita febre, que baixou muito seu sistema
imunológico diminuindo a funcionalidade de seu coração; o que gerou um problema
ainda mais grave em seu fígado e pâncreas. Ela precisa ser internada
urgentemente e precisa de uma transfusão de sangue. Provavelmente ficará
internada por três dias e precisamos que vocês tragam alguém para ficar com ela
enquanto ela estiver internada. Se ela tivesse sido trazida até nós quando
começou a ter febre, não teria sofrido tanto, e seu tratamento teria custado
N800 ($5) em vez de N14500”.
Fizemos
o pagamento adiantado solicitado por ele para que mandasse buscar sangue no
banco de sangue da região. Uma bolsa de sangue custa entre N7000 ($49) e N8000. Retornamos com a
pequenina para o orfanato. Desabafei com o bispo sobre o “preço que ela estava
pagando” por falta de um cuidado mais imediato, e solicitamos que arranjassem
alguém para levarmos mais tarde junto com ela para o hospital.
Nesse
meio tempo, enquanto o sangue para ela era comprado, fomos ao mercado comprar
comida para o orfanato, que já estava começando mais uma vez a racionar alimento
por falta de recursos. Compramos um saco de 50kg de gari (um farelo de mandioca equivalente, para eles, ao nosso arroz)
e um fardo de 50kg de feijão branco.
Quando retornamos para levar a Victória para a
internação, a noite já havia caído. Liguei para o médico para saber como
deveríamos proceder, e ele disse que estava preocupado por não termos aparecido
e que havia saído de carro procurando pelo orfanato que mencionamos. Assim, dois
minutos depois de falarmos por telefone ele chegou lá.
Por
coincidência ele também conhecia o bispo e chamou-lhe a atenção por não ter
agido mais rápido. Com o médico estava uma enfermeira que ele havia impedido de
ir para casa para que ela o ajudasse a iniciar o processo de transfusão de
sangue. A pequenina Victória e uma moça de companhia entraram no carro do
médico, e nós os seguimos até o hospital.
Chegando
lá, o médico pediu a um rapaz do portão para ligar o gerador para termos iluminação
e podermos caminhar com segurança pelo pátio. E, se entendi bem, não havia combustível
no gerador. Seguimos no escuro mesmo, para acharmos uma enfermeira preenchendo
uma ficha numa mesa iluminada por uma lanterna.
Ali
naquela mesma mesa iniciou-se o processo com a Victória. O conector com agulha
foi colocado em sua mão esquerda, em meio às suas lágrimas. A luz da câmera de
filmagem de nosso time ajudou muito o desenvolvimento do processo. Nesse meio
tempo eu assisti – em outra sala ao lado,
que estava com a porta aberta – a uma enfermeira iniciando outro
processo de transfusão em uma moça, usando a luz de um celular.
Deixamos
a pequenina lá, naquele escuro, e prometi voltarmos amanhã para vê-la e levar o
pão que ela me pediu sussurrando no meu ouvido.
Eket,
Nigéria
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[04/05/2012] –
Leo
No mini-hospital-posto
(meio rural), com a equipe de enfermagem, aguardando os exames da pequena
Victória. Aproveitei e vi os medicamentos, fluxos... Emoções...
Eket,
Nigéria
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[05/05/2012] –
Leo
Olá,
manos!
Estes
últimos três dias foram bastante intensos e peço desculpas por não ter
conseguido deixá-los atualizados até agora. É que temos chegado tarde e
bastante cansados, mas vou tentar resumir aqui o que tem acontecido.
Na
quinta-feira tivemos uma reunião bem longa com nosso time, para discutirmos
mudanças que precisão serem feitas em nosso trabalho de forma a maximizar o
resultado de todas as ações que temos feito, tanto a de levar a Mensagem para
atuar de forma preventiva neste problema, quanto a de cuidar individualmente de
cada caso de crianças que alcançamos e que são vítimas disso tudo.
Depois
da reunião fomos ao hospital para vermos como estava nossa pequenina Victória e
levar um lanchinho para ela. Ela estava um pouco melhor e até já esboçava um
sorrisinho. Na sexta-feira ela teve alta; mas, infelizmente, no mesmo dia
tivemos que levar para o hospital outra criança do orfanato James, um pequenino
menor ainda do que a Victória, de apenas dois anos de idade, conhecido no
orfanato como Bobó. Enquanto estávamos no orfanato medindo a altura e peso das
crianças para iniciarmos um monitoramento, notamos que Bobó estava bem
fraquinho, sem energia até mesmo para ficar de pé. Ali, no meio de todas as
crianças que riam e conversavam, ele se deitou no chão e dormiu num piscar de
olhos. Eu disse à Janet, esposa do Evans: “o Bobó desmaiou”; e ela olhou e
disse: “não, ele está só dormindo”. Como o Juan já tinha dito que achava que o
Bobó não estava bem, resolvi pressionar a Janet por mais informações sobre ele.
Então ela disse, como quem fala de algo corriqueiro: “ah, hoje de manhã ele
esguichou sangue enquanto fazia cocô”.
Decidimos
então levá-lo ao médico, também. O médico e a enfermeira fizeram a mesma
observação: “essas crianças não estão sendo bem cuidadas onde estão. Este
menino está desnutrido e desidratado, e também vai precisar de sangue e ficar
em observação por dois dias”. Mais uma vez pagamos por uma bolsa de sangue, e
nós quatro, Tuco, Tato, Juan e eu, sentimos vontade de doar sangue por aqui.
O
Bobó ficou internado, e nós concluímos que, embora não nos pareça uma boa idéia
firmar uma parceria oficial com o administrador do orfanato, que constantemente
tem atitudes dúbias, precisamos ajudar essas 50 crianças, das quais apenas duas
estão sob nossa responsabilidade e são daquelas chamadas de bruxas. Mas todas
elas são de Jesus e precisam de cuidado e amor. Por isso resolvemos monitorar o
desenvolvimento de cada uma e dar um suporte mensal quanto à alimentação delas.
Ontem
depois das 10 horas da noite fomos de surpresa a duas vigílias de igrejas da região,
para ver se flagrávamos algum ritual do tipo “destruição de bruxo”, como já
flagramos uma vez. Mas desta vez não vimos nada. A segunda igreja que visitamos
é a do pai do Michael, e ele insistiu que fôssemos lá porque ele sabe que lá
eles acreditam e pregam que crianças podem ser bruxos.
O
lugar parecia literalmente um centro de macumba – sem ofensa aos macumbeiros. Havia
mais ou menos oitenta pessoas lá (sem contar as criancinhas que estavam
dormindo debaixo dos bancos), e me ofereceram a oportunidade de falar. Falei,
talvez, por uns dez minutos, sobre este absurdo que se tem ensinado aqui.
Apresentei as referências bíblicas e desafiei alguém a provar que Jesus
concordaria com estas práticas. As mulheres recebiam com alegria o que eu
falava, e concordavam com suas cabeças; mas os homens ficavam inertes e sem
muita expressão. Eu não poupei palavras e disse que eram mentirosos aqueles que
acusavam estas crianças no nome de Jesus. Quem faz isso é do mal e não do
bem...
Esperamos
que essas sementes lançadas achem terra boa nos corações de pelo menos alguns
ali...
Leiam
também o diário que o Tuco Egg fez do dia de hoje, e vocês já saberão de quase
tudo o que ainda não havíamos conseguido compartilhar.
Beijão
em todos vocês e um ótimo domingo.
Eket,
Nigéria
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[05/05/2012] –
Tuco
Abaixo
um relato do nosso dia aqui.
Fomos
para Oron, onde fica a sede do Way to the
Nations, que também é a casa do Jackson. Seis pessoas socadas num carro
velho com a suspensão estourada viajando numa estrada que mais parecia um campo
minado. E estava quente pra burro! Mas chegamos bem. Lá nos encontramos com
Uduak e Jackson, e com o casal de velhinhos que mora nos fundos. Fizemos uma
pequena reunião para planejamento, e saímos para visitar crianças que foram
reconciliadas.
Fomos
à primeira casa, onde o pessoal checou as condições do menino e do local, e o
relacionamento com a família – ele mora com avós e irmãos. Parecia estar tudo
bem. Anotações, conversas.
Fomos
visitar a segunda criança, o Michael, numa vila pequena e mais afastada, mas no
mato mesmo. Chegamos lá e o menino parecia assustado, desconfiado, arredio.
Juntou uma turma por ali e começou uma discussão sobre o Michael e a bruxaria
infantil. A aldeia toda acreditava que havia muitas crianças bruxas por ali e,
possivelmente, que Michael era uma delas. Descobrimos que seu pai o trancava
fora de casa de manhã cedo e só o deixava entrar para dormir. O menino estava assustado,
maltratado e com muita fome.
O Léo
travou uma longa discussão com os moradores, apresentando a eles os livros Jesus e as crianças, e falando sobre o
relacionamento de Jesus com os pequeninos, insistentemente. A maioria não
gostou, não concordou e seguiu afirmando que há muitas crianças bruxas, sim, e
que elas devem ser mantidas bem longe. É muito tosco. O “jesuzinho” deles tem
medo de diabos. Alguns ficaram pensativos. As mulheres, como sempre, pareceram
gostar da conversa.
Levamos
Michael para almoçar e depois Jackson voltou com ele de moto, para deixá-lo em
casa. Pretendemos agora fazer o pai assinar uma carta deixando o pequeno aos
cuidados do Caminho Nações por enquanto, já que em casa ele está correndo muito
risco.
De lá
ainda fomos à casa de Chief Medekong e Ann, um casal fabuloso que tem ajudado
bastante o Caminho, por lá. Acertaram algumas coisas para o Chief ajudar nas
questões burocráticas de registro nacional da ONG (por enquanto só temos
registro estadual, e isso dificulta algumas coisas, como, por exemplo, abrir conta
em banco), porque ele tem bastante conhecimento disso. Voltamos para casa e
fomos almoçar às 20h.
Agora
são 22h30 e estamos na luta para o procedimento fotográfico de toda noite.
Amanhã teremos uma 'cruzada' em uma cidade vizinha a Eket, com o cara que
conhecemos no aeroporto, Luke.
Um
grande abraço. Boa noite, fiquem com a gente em oração!
Eket,
Nigéria
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[06/05/2012] –
Tuco
Hoje
acordamos cedo e saímos cedo para a vila onde o Luke tem uma igrejinha. Longe
pra caramba! Cerca de uma hora e cinquenta minutos, de carro. Lá, participamos
da escola dominical do cara. Tudo aqui é muito penteca; o jeito de falar,
gritar, suar e sacudir é exatamente igual em qualquer canto, incluindo o
Brasil. Mas o Léo conseguiu um espaço para falar com o pequeno grupo presente
contra a estigmatização infantil, e já emendou um discurso contra a praga da
“teologia da prosperidade”, que é também dominante aqui, como no Brasil.
O
Luke é gente boa e nos contou que esteve na vila onda morou a missionária
escocesa Mary Slessor, que no final do século dezenove estabeleceu na Nigéria
um belíssimo trabalho contra o hábito cultural nigeriano de matar crianças
gêmeas por considerarem-nas uma maldição para a família. O trabalho sério e
dedicado dessa mulher, que largou tudo para viver e morrer na Nigéria,
erradicou essa prática do País. Hoje ela é nacionalmente reconhecida por isso.
A vila era cerca de quarenta minutos de onde estávamos, e resolvemos esticar
até lá. Existe um memorialzinho para ela lá, onde foi sua casa. E a igreja
presbiteriana que ela ajudou a construir continua lá até hoje. O curioso é que
essa vila tem a maior concentração de gêmeos que já vi. É gêmeo pra tudo que é
lado. Fomos à casa do Chief da vila, que tem um irmão gêmeo. Ele não estava,
mas conhecemos duas irmãs, gêmeas, e os filhos gêmeos recém nascidos de uma
delas. Conversamos e registramos tudo. Uma belíssima história, que nos faz
acreditar que vale a pena lutar pela erradicação da estigmatização infantil
aqui também. Quem sabe podemos fazer parte de uma história de mudança? Uma das
mulheres da nossa equipe contou, lá na vila, que se não fosse pelo trabalho de
Mary Slessor, ela e seu irmão gêmeo teriam sido mortos ao nascer. Vimos ainda
vários gêmeos caminhando juntos, na beira da estrada, enquanto íamos embora.
Almoçamos
no Oliver Tweest e fomos para nossa
base em Eket arrumar as coisas que trouxemos para doar. Deixamos com as meninas
da equipe as roupas que trouxemos para a equipe toda; e com a ajuda delas
separamos as roupas e brinquedos para cada criança e cada orfanato. Em seguida
fomos levar algumas coisas para as quatro crianças que ficaram no orfanato que
foi fechado pelo governo. Já era noite, escuro. Eles ficaram felizes pra
caramba, mas tivemos alguns problemas lá com o pessoal da antiga ONG. Não
fizemos nada demais, mas eles estão assustados lá por uma série de problemas
que levaria muito tempo para explicar aqui. Talvez amanhã a coisa complique um
pouco para o nosso lado. Agora é esperar para ver.
De
manhã cedo partiremos para o orfanato do governo, onde estão a grande maioria
das crianças que estavam no orfanato que foi fechado. E continuamos na correria
de sempre para deixar nosso equipamento zerado e pronto para registrar tudo.
Tínhamos planos de ir à praia hoje, conhecer as coisas por lá e ver como está
indo a vida do cara que o Jojó treinou para ser o futuro professor de surfe do
nosso projeto. Mas não deu tempo. Vamos ver se conseguimos outro dia...
Um
grande abraço a todos!
Eket,
Nigéria
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[06/05/2012] – Juan
Peixe seco e Gari nas ruas de Oron.
Ontem,
dia cheio na base nesta cidade. Reunião com o pessoal daqui. À tarde visitamos
duas reconciliações: fomos visitar o Bassey, de oito anos. Lá havia um cidadão
se intitulando a voz local, e veio saber o que estava acontecendo... Fomos também
até à vila do menino Michael. Lá a coisa ainda está meio estranha. Vamos
tentando ajudar de todas as formas, no processo.
Um
abraço e obrigado a todos!
Inté
a vorta!
Eket,
Nigéria
Este artigo foi postado por Blog do Caminho em 8 de maio de 2012 às 12:53 e está arquivado em expedição documentário,nigéria. Siga quaisquer respostas a este artigo através do RSS 2.0 feed. Você pode também deixar seu comentário aqui.
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14 de maio de 2012 às 07:14
Piegas o meu comentário: SUPER CORAGEM, DEDICAÇÃO E " SER-HUMANISMO" COM ARTE, JORNALISMO, TÉCNICA, COMPETÊNCIA E CORAÇÃO. Parabéns!