Creio

Nas reuniões de estudo de discipulado com Caio Fábio, após ele ter explanado que o discípulo deveria negar a si mesmo, mas não deveria negar a sua própria humanidade, alguém fez a seguinte pergunta:

Como eu faço para diferenciar a humanidade do discípulo e os caprichos do si mesmo?

Que foi respondida da seguinte forma:

A humanidade do discípulo quer ser vestida. O si mesmo diz: "depende de com o quê".


A humanidade do discípulo pede água. O si mesmo diz: "tanto faz se rolar".

A humanidade do discípulo diz "Por que me desamparaste?". O si mesmo diz: "eu sabia que eu não podia confiar".

A humanidade do discípulo diz "Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem". O si mesmo diz: "Porque eles não sabem o que fazem, eu sabia que era isso que iria acontecer".

A humanidade do discípulo assume tudo aquilo que seja genuinamente humano. O si mesmo chama de humano o que é adereço, o que é valor agregado, frequentemente pervertido.

A humanidade do discípulo reconhece a necessidade do abraço. O si mesmo quer viver para todos os abraços.

A humanidade do discípulo não tem nenhum medo de dizer que está com fome. O si mesmo, se puder, transforma pedra em pão.

A humanidade do discípulo olha e sabe quem é, mas não aceita nenhuma oferta para pular do pináculo do templo, desce pela escada. O si mesmo não resiste, se arremessa para o show.

A humanidade do discípulo, mesmo carregando a mais importante de todas as missões, não crê nunca que os fins justificam os meios. O si mesmo não resiste e, ao ouvir "Tudo te darei se prostrado me adorares", prosta-se, põe-se de quatro e adora [ao diabo]. Essa é a diferença entre uma coisa e outra.

Caio Fábio

Colaboração: Walter Cruz

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